domingo, 28 de dezembro de 2008

Uma palavra chamada confusão

“Palavras serão sempre palavras. Sentimentos serão sempre sentimentos. Não consigo encontrar a forma de eles andarem de mãos dadas para que sejam fiéis um ao outro. Acabo sempre por deixar tanta coisa por dizer apesar de sentir tudo e mais alguma coisa do que disse.”



Diz-me... porquê
Este é o livro que nunca li
Estas são as palavras que nunca falei
Esta é a trilha que nunca seguirei
Estes são os sonhos que sonharei ao invés
Esta é a alegria que é raramente espalhada
Estas são as lágrimas, as lágrimas que derramámos
Este é o sentimento
Este é o temor
Este é o conteúdo da minha cabeça
E estes são os anos que passamos juntos
E isto é o que eles representam
E é assim que me sinto.
Tu sabes como me sinto?
Porque eu acho que tu sabes como eu me sinto.
Acho que tu sabes o que eu sinto.
Porquê…
Acho que tu não sabes o que eu sinto…
Tu não sabes o que eu sinto.

Não te quero largar da mão, não me fazes comichão mas o barco aguenta melhor sem ti.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

My Blueberry Nights

Poético, poderoso, minucioso, avassalador, brando, subtil e fabuloso.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

História Trágica de Amor/Ódio

Get down, get down, little Henry Lee
And stay all night with me
You won't find a girl in this damn world
That will compare with me
And the wind did howl and the wind did blow
A little bird lit down on Henry Lee

I can't get down and I won't get down
And stay all night with thee
For the girl I have in that merry green land
I love far better than thee
And the wind did howl and the wind did blow
A little bird lit down on Henry Lee

She leaned herself against a fence
Just for a kiss or two
And with a little pen-knife held in her hand
She plugged him through and through
And the wind did roar and the wind did moan
A little bird lit down on Henry Lee

Come take him by his lilly-white hands
Come take him by his feet
And throw him in this deep deep well
Which is more than one hundred feet
And the wind did howl and the wind did blow
A little bird lit down on Henry Lee

Lie there, lie there, little Henry Lee
Till the flesh drops from your bones
For the girl you have in that merry green land
Can wait forever for you to come home
And the wind did howl and the wind did moan
A little bird lit down on Henry Lee



Simplesmente fantástico

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

A queda

Entrei e fechei a porta. Senti o típico arrepio na barriga mas levantei a cabeça e enfrentei os meus medos pois sabia que apesar do risco que corria poderia experimentar a mais bela sensação do mundo. Então, assim o fiz, e acabei mesmo por me sentar confiante no pequeno banco de cabedal onde mexia nos botões que ligavam o motor 1 e o motor 2. Fiz-me à pista e uns segundos depois sentia a sensação libertadora da descolagem como se me dirigisse para um sítio bem melhor. Com a pressa de fugir e num acto de rebeldia parti mesmo sem avisar a torre de controlo que me fazia vários apelos de contacto.
Quando cheguei aos dez mil pés de altitude no pequeno avião senti que algo não estava bem e que já não havia nada a fazer. Deixei-me cair a toda a velocidade e não fui capaz de evitar o inevitável. Embati na terra a toda a velocidade mas consegui escapar apenas com umas feridas, algumas delas bem difíceis de cicatrizar mas nada que me impeça de continuar a minha vida.
A única coisa que sei é que a partir do dia em que tomei consciência do sucedido nunca mais consegui voltar a entrar no avião e fazer-me à pista. Não consigo tomar a decisão de descolar sabendo que corro o risco de voltar a cair. Só confiava no velho avião mas até esse acabou por me falhar.

domingo, 21 de dezembro de 2008

A casa

“Era linda a nossa casa”, lamuriava ele aos encantadores ouvintes dos desabafos. Era uma bela casa construída por nós, erguida tijolo a tijolo pela nossa paixão, com paredes pintadas de companheirismo e com telhas acasaladas de amizade. Tinha janelas que mostravam orgulhosas o dourado do nosso futuro e flores que coloriam a nossa cumplicidade. Os raios de sol cintilavam nos nossos corpos pela manhã e à noite jantávamos à luz das estrelas.
A casa era constituída por uma sala dos segredos que tinha um piano onde tocava para ti, e só para ti, as mais belas canções de enamorados; tinha também um quarto onde nos amávamos, uma cozinha onde alimentávamos as nossas esperanças e uma casa de banho onde desabafávamos dos nossos tormentos. O lugar mais especial era sem duvida o magnifico hall de entrada… era lá que juntávamos tudo e tornavamos a casa completa e embelezada.
Construir uma casa não é tarefa fácil mas conseguimos ultrapassar por muito juntos ao adorar aquele nosso lugar intemporal, refúgio de muitas vivências e confissões deixadas nos pequenos objectos que a habitavam.
Chegou um dia que começaram a aparecer as pequenas rachas nas paredes e vi a tua sombra sair pela porta fora para não voltares. A casa ficou vazia e acumulou montes de papéis com as nossas memórias, a madeira do piano secou, as flores murcharam, o quarto armazenou o pó da ausência dos nossos corpos, deixou de existir alimento na cozinha, os canos entupiram e as janelas cerraram a luz do sol.
Deixámos passar o tempo e não vimos qualquer valor naquela casa que um dia já foi nossa, e ela acabou mesmo por arder num fogo lento que destruiu quase tudo no que nela se encontrava.
A tristeza caiu em mim e o tempo sussurrou-me que deveria reconstruí-la novamente contigo. Sabes bem que é bem mais difícil reconstruir uma casa queimada do que construir uma nova mas também sabes que aquela casa não é uma casa qualquer… é a casa que um dia foi nossa.
Estou já a tentar dar os primeiros passos na reedificação dela mas preciso da tua ajuda. Necessito de sentir que aquele espaço é de novo nosso mas continuo sem saber se ainda queres voltar para a nossa casa. Tens a porta aberta a chamar por ti.

A casa de que falo é o mais belo lugar que já tive. Não é nada mais, nada menos que o nosso amor.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Resting

Preciso de descansar, e como tal não tenho vontade de escrever muito pois as cabeças dos meus dedos estão como que a lacrimejar por tudo o que escrevi toda a tarde. Foi uma tarde não só de introspecção mas também de retrospecção. Arrumar ideias e ter a capacidade para as espremer para o papel foi duro e fizeram sair palavras tristes, revoltas e verdadeiras, mas que precisavam de se soltar. Ainda bem que o fiz!
Tenho esperança que estas palavras, hoje recolhidas, possam fazer a diferença no amanhã.
Agora só quero sentar-me no canto, apagar a luz, acender o cigarro, fechar os olhos e relaxar ao som daquela que é uma das melhores músicas alguma vez criada, daquela que é uma das melhores bandas que alguma vez existiu, e que me acompanhou já tantas vezes para todo o lado. Quero ouvir um hino ao amor.

Heróis de Alkmaar

Hoje à tarde um colega meu pediu para lhe dizer um momento em que tenho sido verdadeiramente feliz, um momento em que tenha ficado em êxtase, algo que me tenha feito perder a cabeça de tanta alegria. Já não é a primeira pessoa que me pergunta isto e sempre que penso na resposta vem-me à cabeça inúmeras situações, mas há uma que surge rapidamente. Sei que para muitos pode parecer ridículo mas para mim, que nessa noite chorei compulsivamente de alegria durante mais de uma hora, deitado no chão numa posição pouco ortodoxa, após vários minutos em que tive de sair de frente do televisor inumeras vezes tal era o estado de nervos. No final de tudo segui para o aeroporto até de manhã juntamente com milhares de pessoas que queriam exaltar um feito histórico, algo de maravilhoso.

Sei que nessa noite estava verdadeiramente feliz… Obrigado heróis de Alkmaar.



Ainda hoje quando revejo este clip dá-me uma subita vontade de chorar.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Oportunidade para tornar a vida extraordinária.

Tudo tem o seu tempo e nada dura para sempre. Viver ensina-nos que por mais que queiramos não podemos ter total controlo sobre as nossas coisas e sobre o que nos rodeia, pois somos simples peões passageiros que funcionamos como células isoladas num universo que teima em nos fazes sentir pequenos e inúteis. Cada vez mais a actualidade faz-nos esquecer que devemos operar como um corpo uno e acabámos por escolher caminhar de mãos nos bolsos, bem cerradas e quietas afugentadas do toque e do auxílio.
Andamos à deriva dirigidos por estímulos e sentimentos que nos fazem ver a vida de determinadas formas, umas vezes maravilhosa, outras horríveis mas sempre como algo primário e ao mesmo tempo complexo.
Acredito piamente que todos nós cá andamos porque temos algo para dar em função de o todo… Todos nós estamos programados para uma missão, nem que seja a simples missão de viver, de estarmos presentes e de podermos afirmar que estamos cá a vaguear.
Na minha vida sempre tive dificuldade em entender o porquê disto tudo e principalmente o porquê da minha existência. Sou uma pessoa de sentimentos que por vezes não sei lidar com os mesmos, que complico, que sofro, que penso demais no nada e no tudo e, desta forma, nunca acreditei no destino mas sim num caminho preestabelecido, num caminho que se vai moldando à nossa conjuntura pessoal, que reflecte um passado, um presente e um futuro encarado como uma meta inevitável.
O destino simplesmente não existe porque não depende só de nós próprios, depende de todos os outros e de tudo o que nos envolve, das nossas acções e do inexplicável.
Neste sentido sei que olho com desdém tanto para aquele que afirma que a vida é bela, como para o outro que diz que tudo não passa de um mar de desilusões e ilusões. A vida é isto mesmo… é um misto de tudo, é uma oportunidade de aprender e tentar fazer sempre o melhor, de perdoar, de acreditar, de lutar e de conceder oportunidades… é uma oportunidade para amar e ser amado, é uma oportunidade de virar a página, uma oportunidade de saber aproveitar tudo o que temos, de valorizar os outros e nós próprios, de simplificar, de errar e pedir perdão… é uma oportunidade de dar, de ensinar, de ajudar e ser ajudado.
Quem não aceita os factos acaba no mundo da revolta, do ódio, da indiferença e da intolerância. Acaba preso a recordações e desilusões, estagna e fica ligado a um momento que já foi e que por mais que se queira não vai voltar…o tempo é filho da puta e é inimigo dos crentes desenquadrados, mas é assim mesmo… pode ter muitos defeitos o senhor tempo mas de uma coisa não lhe podemos apontar o dedo, ele acaba sempre por nos dar uma oportunidade, muitas das vezes não a que queremos mas sempre uma qualquer oportunidade.


Ela dá-nos sempre uma oportunidade porque viver é uma oportunidade.



A vida por si só pode não ser fantástica mas temos sempre a hipótese de a tornar extraordinária.

Retrospectiva do nariz vermelho

Hoje andava a passear pelos becos aqui da web quando encontrei algo que marcou a minha infância. Estou a falar de uns desenhos animados que estavam guardados bem no fundo da minha memória e que após ver o vídeo acenderam-se, quase que por magia, as minha memórias desse tempo. Lembro-me de acordar de manhã com os meus cinco anos e devorar estes deliciosos desenhos animados como se o mundo fosse feito com as pontas dos pequenos lápis de cor.

É impressionante a memória humana… não é que enquanto via o pequeno clip percebi que ainda me lembrava da letra da música.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Visão Aterradora

A noite acabou... Dei-te um forte abraço de consolo como que soubesse que seria a última vez que te avistaria com vida. Há muito que éramos inseparáveis… provavelmente desde que nascemos que éramos unha com carne, crescemos juntos e passámos unidos por muitas felicidades e adversidades da vida. Estendemos a mão um ao outro sempre que precisámos, sorrimos e chorámos juntos pelos caminhos da vida.
Nessa noite algo me disse que tu irias partir para não voltar… o teu olhar dizia-me que já não aguentavas mais este mundo, a tristeza patente no teu corpo era um sinal gritante da tua revolta, o sorriso forçado indicava a indiferença por tudo o que te envolvia. Apresentavas-te na nossa companhia como um mutante mutilado pelas intempéries que te corrompiam o interior, vagueavas sem forças como se de uma obrigação se tratasse e não olhavas ninguém nos olhos.
Nessa noite pressenti algo, mas não consegui ler os sinais… bradavas silenciosamente por auxílio enquanto caminhavas silenciosamente. No fim deste-me um simples e adulterado “até amanhã”e viraste costas. No dia seguinte fui acordado com a notícia mas já cá não estavas… já tinhas partido para o outro mundo…

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Apaixonar-me por uma míuda

Can't think of anything to do
My left brain knows that
All love is fleeting
She's just looking for something new
And i said it once before
But it bears repeating

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Jogos de Amor

Penso que todos nós já sofremos e já fizemos sofrer. Eu pessoalmente já passei pelas duas partes da moeda e qualquer uma delas teve o poder de me deitar abaixo como se o meu mundo aluísse perante os meus pés. Quando se trata de amor e relações nada é fácil, dizem-me as experiências, principalmente quando pessoas saem com os sentimentos feridos. Não foi assim há tanto tempo que me sucedeu uma grande desilusão mas também faz pouco tempo que fiz sofrer uma pessoa de quem ainda nutro um enorme respeito.
Sei que não sou perfeito e que na imensidão dos meus defeitos não fui correcto, sei que fiz sofrer injustamente uma pessoa que não merecia, que estava disposta a lutar, a dar um sorriso e uma palavra amiga mas quando se trata de resolver problemas sempre fui um egoísta de primeira. Quando há pedaços de mim que não estão bem resolvidos é-me impossível andar para a frente e desta vez fiz com que uma pessoa por quem tenho um grande carinho ficasse verdadeiramente mal. Tinha em mim várias coisas que tinha de resolver e precisei de passar por isto sozinho.
Penso que um Ser Humano é maior no seu interior quando tem a capacidade para admitir os seus erros e para pedir desculpas sinceras, e é isso que estou a tentar fazer. É duro passar por essa pessoa e saber que os sentimentos em relação à minha pessoa estão no limiar do ódio e da revolta apesar de entender o porquê. De qualquer das formas penso que um dia ainda vamos perceber que podemos ser bons amigos e que todas estas barreiras se vão quebrar entre nós.



Sei bem que vais entender o vídeo.

Sinceras desculpas I.A.

O Caminho

Saímos de manhã cedo. Era um daqueles dias fantásticos de verão em que entrámos nos carros direitinhos a uma bela semana de férias todos juntos. Foram 3 carros carregados de amigos que há muito não se juntavam para estas andanças e pusemo-nos ao caminho. Com os raios de sol a baterem-nos na cara ouvíamos alegremente as canções que marcaram a nossa juventude, dos tempos em que a vida era feita lá na rua com uma bola e dois pares de mochilas.
Percorremos quilómetros e quilómetros até que fizemos a nossa primeira paragem numa praia deserta onde passámos a manhã percorrendo a praia todos nus até que percebemos que lá em cima da colina havia um miradouro cheio de belas turistas holandesas que nos assobiavam e apupavam.
Continuámos o caminho pela costa até que fomos dar a uma zona perdida à beira-mar com umas ventoinhas eólicas e com umas camaratas, num espaço paradisíaco que tinha tudo para ser perfeito.
Durante dias vivemos numa perfeita anarquia aproveitando tudo o que aquela natureza nos dava. Entre o surf e as refeições, as guitarradas e os mergulhos, os “joints” e as gargalhadas criámos um espírito de irmandade inigualável que acabava nas longas conversas nocturnas e no relembrar da nossa infância e juventude. Mesmo sabendo que éramos como irmãos, todos tínhamos a noção que poderia não ser assim para sempre, mas também todos sabíamos que aquela semana tinha sido como que percorrer um “caminho”… um “caminho” em que…

…Qualquer um podia ver que a estrada
Em que eles andam
É pavimentada em ouro
E é sempre verão
Eles nunca ficarão com frio
Nunca ficarão com fome
Nunca ficarão velhos e grisalhos

Unza Unza

Tomei conhecimento, concorri mas ficou adiado. Desde sempre que tenho um fascínio enorme pelos Balcãs e há algum tempo tomei conhecimento de uma maneira de ir para lá viver durante um ano... Fui tarde de mais mas deram-me uma segunda oportunidade e vou querer agarrá-la. Por enquanto tenho de me contentar em ouvir umas músicas de uma banda que já tive o prazer de ver ao vivo duas vezes, e que para mim é, sem sombra de duvidas, das melhores bandas do planeta.

Da Ex-jugoslávia para vocês, EMIR KUSTURICA & NO SMOKING ORCHESTRA

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Um Mundo Catita

Quem me conhece sabe bem que sou um grande fã do génio de Manuel João Vieira. Ao longo dos tempos fui conhecendo melhor o seu trabalho e apercebi-me que adoro o seu espírito criativo. Desta vez podemos vê-lo na magnifica série chamada "Um Mundo Catita" que passa na RTP2 aos domingos às 23:45.

O site oficial é o www.mundocatita.com

:)

Na vida temos, por vezes, momentos em que nos sentimos em baixo, atormentados por frustrações que não conseguimos superar, pensando demasiado nas acções e nas consequências, nas atitudes, nas desilusões, nas ilusões e nos idealismos. Sofremos em voz baixa com tudo o nos faz afundar e mantemos esses fantasmas no nosso interior até que eles se tornem em nossos companheiros de caminhadas. De certa forma as ideias andam às voltas na nossa cabeça e faz com que uma pessoa estagne na sua progressão.
Faz bastante tempo que varias ideias, fantasias e ilusões me acompanhavam no dia a dia impedindo-me de avançar na minha vida mas foi, com muita alegria minha, que esta semana consegui finalmente ver-me livre de vários fantasmas que me escoltavam no meu caminho. Consegui finalmente encontrar um sentido, resolvendo vários fragmentos do meu interior, lembrando com afabilidade memórias, pessoas e vidas vividas, acreditando num futuro e acima de tudo acreditando na minha pessoa. Sinto-me bem com a vida e estou em paz.

Hoje acredito no amanhã.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Escuridão Iluminada

Já passava da meia-noite quando decidi sair de casa. Era uma daquelas noites geladas de Outono em que uma pessoa se sente adormecida e que procura algo que nem ela própria sabe o que é. Nessas situações o melhor é um gajo meter-se no carro e conduzir à deriva até ver onde pode ir dar. No meu caso fui dar a uma falésia junto ao mar onde podia ver, em silêncio, o reflexo da lua na ondulação. Acabei mesmo por sair do carro e descer a longa escadaria que dividia o parque do areal e, num acto de hedonismo, sentei-me na parte molhada, acendi um cigarro, fechei os olhos e acabei mesmo por adormecer. Só acordei quando a ondulação que me envolveu me anunciou que a maré estava a subir e me segredou sorrateiramente para caminhar para a existência.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Tardes de Verão

"Estava divertido. Andei a brincar a tarde toda com elas no parque enquanto comia gomas e subitamente veio-me um cheiro a sexo e doces. Sorri descaradamente!"