sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Nada é impossivel

Hoje, enquanto via uns clips no youtube descobri a história de Tony Melendez. Este senhor é mais um exemplo de que nada é impossível e que com força de vontade, esperança e fé em algo, nem que seja em nós próprios, conseguimos realizar todos os nossos sonhos e objectivos.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Vida de Professor

As semelhanças com a realidade são puras coincidências.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Verão 1998

Eram dias longos e bonitos de amizade verdadeira… A seguir ao almoço juntávamo-nos todos na minha casa para passarmos a tarde a jogar ao maravilhoso e apaixonante FIFA WORLD CUP FRANCE 98. Através da janela do meu quarto ligava umas quantas fichas triplas para poder ter a televisão e a playstation no quintal e sentávamo-nos nas espreguiçadeiras em tronco nu a jogar incansavelmente e a sonhar com toda a magia do futebol.
Eram tardes cheias de alegria e de muito vicio que só paravam quando chegava a hora do lanche. A pausa era curta porque o pequeno televisor chamava por nós.
Quando chegava o fim da tarde lá descansávamos os olhos, deitados nas cadeiras a conversar. Muitas das vezes jantávamos juntos na pequena mesa do quintal e trocávamos sonhos de criança. Dizíamos muitas vezes que “em 2005 vou estar a trabalhar num banco” ou “em 2010 vou ser pai” e até “quando tiver 22 anos vou-me casar com a Cátia Mila” (LOLOL). Sonhos que passaram a histórias e que se tornaram recordações.
Aproveitávamos os jantares para ver o por do sol e algumas vezes, se estivesse calor, ainda levávamos um banho de mangueira que a minha mãe fazia questão de nos prendar.
A acompanhar aqueles dias todos estava uma coluna da aparelhagem a passar as músicas que davam na rádio. Lembro-me bastante bem de uma que estava na moda na altura e que ainda hoje gosto bastante.



Eram dias em que os nossos dedos saíam praticamente feridos mas as nossas almas saíam extasiadas.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Something New

Há uns dias atrás encontrei-me com um amigo e contei-lhe algumas novidades sobre mim que pensei que ele ia gostar de saber. Eu estava visivelmente feliz e tinha finalmente ultrapassado vários bloqueios que me estavam a fazer dar passos mais pequenos do que realmente devia ou merecia, e queria partilhar isso com alguém de confiança.
O novo ano quando chegou trouxe-me várias coisas boas pelas quais eu não esperava e como foram tão repentinas, ainda não tinha tido tempo para falar sobre elas a praticamente ninguém.
Após os meus felizes desabafos, o meu colega, surpreendentemente, reagiu de uma forma que foi para mim, no mínimo estranha. Disse-me que eu já não acreditava num projecto do passado, que estava a falhar perante os meus princípios e perante a minha palavra. Apesar de ele não ter razão, compreendo bem o que ele quis dizer, mas o que ele não entendeu foi que eu estava a caminhar por uma nova estrada, com uma paisagem bem mais bonita, com um destino que me poderá fazer feliz e com um propósito que me dará força e fôlego para ver para além de simples recordações. Afinal não compreendo qual será o prazer de estagnar e permanecer, com gosto, no mesmo local, perante os mesmos pensamentos e as mesmas imagens sem ter a ambição de procurar algo melhor.
A verdade é que procurei e encontrei. Mesmo o que não procurei veio ao meu encontro.
Agora estou bem porque acreditei que assim poderia estar. Não tive medo da mudança e acabei por receber os benefícios da esperança.
Não devemos ter medo dos caminhos que ainda não percorremos e devemos sempre dar uma oportunidade aos mesmos, pois não sabemos até que ponto eles poderão ser proveitosos para a nossa pessoa.
Desafiar o desconhecido pode ser tão tentador como descobrir um novo entardecer, um novo dia ou uma nova vida.

“Mais vale procurar a felicidade mesmo sabendo que ela pode demorar do que ficar sentado sem reacção no banco da tristeza.”

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

"Sapateando"

Ele era um singelo par de ténis de cor verde viva que revelava um estilo de vida rebelde e vivido. Gostava de caminhar pelas ruas do mundo e não perdia uma oportunidade para se divertir.
Ela era um bonito par de sapatos de salto alto que demonstrava uma vida bem mais calma e organizada. Passava o dia em reuniões mas ansiava pelo fim-de-semana para poder dançar até o dia nascer.
Um dia encontraram-se por acaso e caminharam juntos até que a tarde se foi e aproveitaram aqueles momentos para se conhecerem melhor e, também, para verem o que de mais belo existia um no outro apesar das diferenças patentes. Nessa noite dançaram juntos grandes músicas de rock e valsa e acabaram os dois a dormir, lado a lado, debaixo da mesma cama.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Idade da Inocência

Devia de ter os meus cinco anos quando, diariamente, a minha mãe me pedia para ir buscar o pão à velha padeira simpática que ficava no fundo da rua onde eu morava. Todos os santos dias, antes da hora de almoço, lá ia eu feliz da vida com o saco bordado à mão que a minha mãe guardava religiosamente na primeira gaveta do móvel da cozinha, buscar o pão que ainda quente fazia as minhas delicias antes do almoço.
Mas comer o pão com manteiga não era propriamente o acto que me mais fascinava nas manhãs daqueles tempos.
A padaria ficava no fim da rua e a proprietária, já de idade, tinha a trabalhar consigo a sua bonita filha que ao fundo da loja amassava o pão num movimento electrizante. Ela tinha por hábito usar um vasto decote que mostrava descaradamente o grande par de seios que sustentava, e eu ficava hipnotizado a olhar para aquela parelha de mamas a abanarem e sem saber porquê ficava feliz e com vontade de amassar a massa do pão.
Hoje sei o porquê daquela felicidade mas na idade da inocência quando o momento que mais gostava do dia era o de ir buscar o pão quente, tudo aquilo era novo e tinha um poder mágico aos meus olhos de criança.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Ficções Nhárras com João Rosa

O telefone tocou às 4:33 da manhã de domingo e do outro lado estava o João Rosa perdido de bêbedo a gritar que me queria no Rio de Janeiro na semana seguinte porque ele ia entrar de férias. Durante 10 minutos repetiu a ideia até eu ceder e lhe dizer que lá estaria.
Era Carnaval e realmente tive de concordar com ele que o Rio era o melhor local para passar aquela época festiva.
Passado a tal semana lá fui eu para a Portela apanhar o voo para o Aeroporto Internacional Galeão António Carlos Jobim. Eram 7 da manhã e a primeira coisa que fiz após o check-in foi comprar um grande volume de português Azul para que não nos faltasse bom tabaco durante a toda a semana e levei também um bom Bridão do Cartaxo para matar saudades dos nossos tempos de juventude.
Embarquei por fim e depois de um longo caminho a dormir lá aterrei eu no Rio onde estava um clima fantástico com uns belos 29 graus e com umas cores bem vivas em tudo o que me rodeava. Apressei-me a ir buscar a bagagem que por sorte vinha inteira e aproximei-me da porta de desembarques onde não vi o meu amigo. Peguei no meu telemóvel para lhe ligar quando senti alguém atrás de mim que me abraçou e fez com que o meu “celular” desabasse no chão desmontando-se todo às peças de tal forma que ficou imediatamente sem arranjo.
Virei-me e ali estava o João Rosa com um belo fato creme, com camisa e sapatos brancos e um bonito chapéu de cowboy de cor púrpura a esconder a imensa careca que lhe surgiu ainda nos verdes anos de juventude. Estava gordo como sempre e fumava um grande charuto dominicano.
Levou-me para o seu Jipe BMW X5 cedido gentilmente pela sua empresa de exploração animal e quando abri a porta de trás encontrei três belas brasileirinhas em biquini a beberem uns refrescantes Martinis brancos com 7up.
Fizemos a viagem até à sua quinta nos arredores sempre em grande folia com aquelas raparigas e falando nos nossos belos tempos de juventude em que comprávamos pernas de presunto que não aguentavam inteiras nem por uma noite e fumávamos grandes charutos. Ao chegar à fazenda, ele deu-me uns calções de banho para podermos usufruir da sauna e descontrair da viagem, e continuámos a nossa pequena festa privada.
À hora de jantar veio duas mulatinhas trazer-nos dois belos bifes mal passados com frutas que devorámos à beira da piscina ouvindo um forró de fundo. Bebemos o tal Bridão e acabámos a andar a cavalo pela fazenda enquanto conversávamos sobre a nossa juventude e aquelas passagens de ano na casa dele que acabava tudo perdido da vida à volta da fogueira.
Nos dias seguintes acordámos cedo apesar continuar a sentir um ligeiro cansaço da viagem e do pequeno jet leg. Viajámos pelas ruas do Rio, visitámos o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor, o Maracanã, o Parque Nacional da Tijuca, A Quinta da Boa Vista, O Jardim Zoológico, o Passeio Publico e algumas casas de diversão nocturnas. Comprámos roupas dignas dos mais belos “chulos” e oferecíamos bebidas às miúdas giras do Rio. Éramos reis e senhores daquele lugar a tal ponto que acabámos por ser ameaçados de morte por alguns namorados enfurecidos.
A meio da semana lá fomos nós para o recinto do Carnaval ver todas aquelas mulheres em roupas mínimas e curtir a galhofa de todo o espectáculo. O João para não variar acabou em tronco nu a saltar no meio de dois pares de seios avolumados enquanto enchia copos anónimos com cachaça e passava as mãos nos rabos morenos das jovens festejantes.
No final da noite deu-nos uma fome descomunal e acabámos mesmo por roubar uma pequena lambreta que mal podia com o peso dos dois. Descemos as ruas até um pequeno restaurante de comida portuguesa e comemos uma bela e leve sopa da pedra e uns rojões à moda do Minho para em seguida subirmos até à favela da Rocinha para irmos apostar uns reais nas lutas de galos. Perdemos uma imensa fortuna mas não nos importámos muito. Á saída estavam um grande grupo de missionários da Igreja Umbandista que nos levaram para um culto privado onde acabámos os dois por ter de fugir após o João ter partido a uma sanita. Voltámos a descer a rua e quando olhámos para o cartaz de um pequeno cinema vimos que naquela noite ia decorrer um concerto de uma banda que marcou a nossa juventude e não hesitámos em entrar.
Aquele concerto era mais que simples música, era uma lembrança da nossa geração, era um voltar ao passado e era um apelo à sobrevivência das memórias que tínhamos cagaço que desaparecessem.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Dancer in the Dark

Hoje à noite revi um dos filmes que eu considero uma das maiores obras-primas do cinema. Falo-vos do brutal e bárbaro mas melódico Dancer in the Dark com a fantástica actuação da Björk no principal papel. Já vi este filme cerca de 10 vezes e continuo a admirá-lo como na primeira vez, apesar de afirmar sempre que será a ultima vez que o vejo. Toda a história envolta na triste e mal fadada personagem de Selma advinha qual será o seu revoltante e cruel fim.

Aviso, desde já, os mais sensíveis que o vídeo que se segue pode ser perturbante e até chocante para alguns mas não deixa de ter a sua beleza cénica e uma mensagem de esperança.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O futuro é feito do agora

As coisas boas da vida acontecem-me sempre aos pares. Já há algum tempo que tinha pensado nisto e mais uma vez acabei por confirmar esta suspeita. Posso dizer que a minha sorte está a mudar e que a minha vida está a tomar um novo sentido bem mais feliz e positivo. O que eu realmente ainda não entendi é se os acontecimentos recentes da minha vida me estão a fazer ter uma visão mais positiva ou se foi a minha alteração da forma de como estou a ver o mundo que me está a trazer frutos. Sempre ouvi dizer que quando acreditamos nas coisas e que quando as vemos pelo seu melhor lado que tudo o que desejamos vem ao nosso encontro.
Simplesmente sei que desde que levantei a cabeça e tomei a decisão de sorrir que todo o meu mundo faz mais sentido e está bem mais belo. Agora é só pensar que o passado é passado e que o futuro é feito do agora.

Durante muito tempo senti falta desta energia e pensei que ela devia estar a chegar… agora sei que já chegou.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Apóstolo do alto astral

Sentámo-nos por fim depois de tanto andar nestes últimos dias e o empregado apressou-se a fazer o pedido. Para mim foi uma Corona Extra bem fresca com lima, como manda a tradição, enquanto que para ela foi uma simples mas sempre actual Coca-Cola. Enquanto conversávamos deparámo-nos com um indivíduo estrangeiro sentado numa posição pouco ortodoxa no canto da sala, com duas imperiais de 0,50 meio cheias em cima da mesa, completamente sozinho e embriagado até não poder mais. Esteve ali mais de meia hora a dormir no meio da confusão e da música barulhenta e apenas acordou quando ouviu o You Shook Me All Night Long. Levantou-se a cambalear, ergueu os braços no ar, cantou e dançou como se ninguém ali estivesse ou se importasse com o seu estado. No fim ainda olhou para mim esboçou um sorriso e levantou o copo num gesto de amizade para a minha pessoa. Isto fez-me pensar que realmente quando uma pessoa emana boas vibrações acaba por ter o retorno desse mesmo estado de espírito.
Toda aquela situação deixou-me verdadeiramente bem disposto e veio reforçar a minha ideia de querer levar a vida mais na boa. Afinal passo mais de metade da minha vida a preocupar-me com coisas que nunca aconteceram, que não acontecem e que não vão acontecer.
Apesar de não ser crente em nenhuma espécie de congregação religiosa sei que o meu “Deus” acaba sempre por me dar tudo o que eu quero.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Feliz Ano NovE

Acabadinho de chegar da primeira madrugada de 2009 não podia de deixar de criar um post a desejar um Feliz Ano “Nove” para todos os que por aqui passam.
Se há dias que eu odeio são o Natal e o meu Aniversário mas com a passagem de ano é diferente, tem outra magia, uma beleza intrínseca que mexe de certa forma comigo. Acredito que passar o ano é mudar um ciclo, é ter a oportunidade de começar qualquer coisa de novo, ter a oportunidade de esquecer amarguras do passado, de encerrar realidades que ficaram por resolver e de desejar ser melhor.
Teoricamente a passagem de ano não é nada mais nada menos que algo estabelecido pelo calendário para celebrar a rotação completa do nosso planeta pelo sol, mas na prática é uma capacidade de podermos colocar um ponto final numa etapa e, psicologicamente, entrarmos num novo período de crença em nós, nos outros e no global. Desta forma a entrada num novo ano faz com que as pessoas ganhem forças para enfrentar as adversidades e as glórias da vida de cabeça erguida e com um sorriso crédulo e cheio de positividade. É altura também de estudar as prioridades e agarrar novas oportunidades, porque como diriam os velhos sábios “ Quem espera sempre alcança” apesar de no meu caso ter sido algo parecido com “Quem espera, desespera.”.
Eu, como é tradição, lá comi as 12 passas a seguir à meia-noite para pedir os desejos de fim de ano e acredito que alguns deles vão ser ponderados pelo senhor que recebe os desejos de ano novo e se não for possível realiza-los todos pelo menos que faça com que o meu Sporting seja campeão… se não for pedir muito que ganhe a Champions também.

Vamos lá ao caminho porque este é o primeiro dia do resto das nossas vidas.



Desculpem se algo não faz sentido mas o grau de alcoolemia não permite mais.