terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ficções Nhárras com "Jota" Vasco

Estava um calor desproporcionado para a altura do ano. Estávamos em Abril de 1996 e decidimos tirar uns dias de folga dos nossos empregos. Eu, talhante de profissão e o meu amigo Jota produtor de vinho carrasco já tinhamos como tradição nesta época de ir a Sevilha para irmos visitar a "Feria de Abril" com o objectivo de irmos aumentar as nossas taxas de colestrol com as típicas tapas espanholas que se encontram facilmente nas "casetas".

Nestas visitas a Sevilha tinhamos sempre por objectivo acompanhar todas as corridas de toiros que iriam decorrer na La Maestranza, ir ao Rámon Sànchez Pizjuan ver um ou dois jogos do Sevilla Fútbol Club e, principalmente, visitar o pequeno Pablito. Pablito era uma criança com 8 anos, filho de um relacionamento entre o Jota Vasco e uma linda cigana que conhecera anos antes numa destas nossas visitas. Este era um segredo bem escondido e ocultado pelas nossas viagens de afición para que a mulher do Jota não soubesse de nada. Apesar de ambos sermos bons pais e esposos, quando iamos a Espanha não conseguiamos guardá-lo dentro das calças e acabávamos metidos com todos os rabos de saia que por nós passavam. Creio que neste aspecto tive mais sorte que o Jota pois até podia passar por rebentos meus nas ruas que não os conhecia.

Recuando, então, uns nove anos atrás, lembro-me de estar um dia fantástico e de eu e o Jota estarmos junto à Catedral de Sevilha quando por nós passou duas ciganitas jovens e coradas que traziam algumas flores para vender. O Jota gingão como sempre consultou as jovens para saber os preços das flores. Passado 1 hora estávamos os quatro numa pequena pensão, cada 2 num quarto fazendo amor pela tarde dentro.

No ano seguinte voltámos a encontrar as jovens mas desta vez a linda Mirella (nome da ciganita com quem o João Vasco tinha passado a tarde) já não se encontrava sozinha e tinha a seu colo um jovem bebé de 3 meses. Ao ver aquilo o Jota amimou o bebé quando ela lhe explicou que aquele era seu filho.

Quando tentávamos fugir daquele sitio apareceu um cigano cinquentão que nos agarrou e ameaçou que se o Jota não casasse com a jovem Mirella que nos matava ali mesmo. O Jota como era casado prometeu que todos os anos iria visitar o pequeno Pablito e que lhe levaria dinheiro. O homem insatisfeito fez-nos dar os nossos fios de ouro e os nossos pares de botas ribatejanas e só assim aceitou as condições, ameaçando que se não nos visse lá todos os anos que nos cortaria os tomates e que os daria aos porcos.

Nos anos seguintes não falhámos em nenhum dos compromissos com a comunidade e até passámos por momentos bem complicados. Lembro-me de termos servido como contrabandistas de tupperwares, de transaccionarmos pacotes de heroina para Beja, de entrarmos nas negociatas dos cavalos, de traficar carros roubados e até de chantagear polícias de transito.

No ano de 1996 lembrom-me bem que depois de assistirmos ás habituais corridas de toiros de que tanto gostávamos e após uma vitória do Sevilha de Toni e Emílio Peixe frente ao Espanyol, com dosi tentos do Sukur, fomos ter com a comunidade. Só tivémos tempo de parar num salão de jogos para beber duas imperiais e deixar o pequeno Pablito jogar umas moedas nas máquinas. Esse dia foi bastante especial pois o pequeno jovem quis apresentar uma música para o seu pai.



Ao minuto 0:32 eu e o Jota Vasco surgimos junto ao poste ao lado do pequeno Pablito a bater palmas e a tentar arranjar um esquema para fugir dali para fora.

Digam lá se o Pablito não é parecido com o pai... Aquele penteado é igualzinho.

2 comentários:

Anónimo disse...

eu sabia...o jota é o pior. foram logo s meter com os ciganos d sevilha, ainda s fosse da golegã..lool isto tá melhorar!!abraço jovem continua assim

Anónimo disse...

epah....o jota tá smp em altas....ele teve smp um fetixe pelas ciganas, e agr a kenga komprovou ixu mm....jota és o maior!!!!looooooooooooooool
P.S: Gxtei.....é espectáculo digo eu....o video!!!