sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Hate to Say I Told You So

"Foda-se meu! Eu avisei-te e tu nunca, mas nunca me dás ouvidos!"

"Morreste-me"

Em primeiro lugar quero pedir desculpa aos fiéis e verdadeiros seguidores aqui do cantinho pela minha já notada ausência mas outros compromissos de maior importância surgiram. Já vamos a meio de Fevereiro e o ano continua a correr com magia e fascínio. Tudo corre pelas mil maravilhas.
Estes meses iniciais têm trazido bastantes surpresas e um novo fôlego ao “caminho”.

Em fases de mudança damos por nós, por vezes a pensar no passado e apercebemo-nos, que por fim, há coisas que estão completamente encerradas. O sentimento de que algo nos “morreu” num sentido figurado é, inesperadamente óptima (alguns não compreenderão) e verdadeiramente libertadora.
Como em tudo, também no indivíduo, os acontecimentos são giratórios e regeneradores e quando algo nos morre, acabamos por ver algo nascer de uma forma mais harmoniosa, com uma força que nos agarra a nós próprios e que nos faz não ver( porque qualquer um vê) mas sim apreciar o encanto das sinfonias do dia-a-dia.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Batalhoz das Paixões Natalicias

Quando andava no secundário era tradição eu e um amigo meu ficarmos na escola até que já fosse noite cerrada. Gostávamos da sensação de sermos os últimos a sair daquele sítio e de podermos lá estar de noite a tocar algumas malhas e a conversar. Enquanto vagueávamos pelos corredores vazios, curtindo o silêncio que só era possível aquela hora, pensávamos cada um para seu lado nos nossos amores. Éramos os dois da mesma turma e tínhamos uma grande paixão por duas colegas de turma. Eu com uma miúda de aparelho e caracóis loiros e ele por uma miúda magra e morena.
Lembro-me especialmente de uma noite que ficámos, como de costume, até mais tarde na escola e de estarmos sentados os dois num banco que ficava em frente ao aquário a lamentarmo-nos da pouca sorte ao amor que tínhamos. Ficávamos ali a pensar, enquanto o meu colega criava na sua guitarra algumas músicas que escrevia para a amada.
Ao fim de umas horas saímos de lá com um sentimento de nostalgia fantástico e descíamos a rua toda enfeitada devido à época natalícia enquanto continuávamos as lamurias. Adorávamos a magia daquela rua! Era, sem sombra para duvidas, mágica e cumplice dos nossos pensamentos.
Era triste e desmotivante mas no fim de contas parecíamos gostar daquela sensação de aperto no coração que os amores improváveis nos davam porque, afinal de contas, eramos apenas dois adolescentes que queriam ter mais em que pensar do que em cafés e televisão.