“Palavras serão sempre palavras. Sentimentos serão sempre sentimentos. Não consigo encontrar a forma de eles andarem de mãos dadas para que sejam fiéis um ao outro. Acabo sempre por deixar tanta coisa por dizer apesar de sentir tudo e mais alguma coisa do que disse.”
Diz-me... porquê
Este é o livro que nunca li
Estas são as palavras que nunca falei
Esta é a trilha que nunca seguirei
Estes são os sonhos que sonharei ao invés
Esta é a alegria que é raramente espalhada
Estas são as lágrimas, as lágrimas que derramámos
Este é o sentimento
Este é o temor
Este é o conteúdo da minha cabeça
E estes são os anos que passamos juntos
E isto é o que eles representam
E é assim que me sinto.
Tu sabes como me sinto?
Porque eu acho que tu sabes como eu me sinto.
Acho que tu sabes o que eu sinto.
Porquê…
Acho que tu não sabes o que eu sinto…
Tu não sabes o que eu sinto.
Não te quero largar da mão, não me fazes comichão mas o barco aguenta melhor sem ti.
domingo, 28 de dezembro de 2008
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
História Trágica de Amor/Ódio
Get down, get down, little Henry Lee
And stay all night with me
You won't find a girl in this damn world
That will compare with me
And the wind did howl and the wind did blow
A little bird lit down on Henry Lee
I can't get down and I won't get down
And stay all night with thee
For the girl I have in that merry green land
I love far better than thee
And the wind did howl and the wind did blow
A little bird lit down on Henry Lee
She leaned herself against a fence
Just for a kiss or two
And with a little pen-knife held in her hand
She plugged him through and through
And the wind did roar and the wind did moan
A little bird lit down on Henry Lee
Come take him by his lilly-white hands
Come take him by his feet
And throw him in this deep deep well
Which is more than one hundred feet
And the wind did howl and the wind did blow
A little bird lit down on Henry Lee
Lie there, lie there, little Henry Lee
Till the flesh drops from your bones
For the girl you have in that merry green land
Can wait forever for you to come home
And the wind did howl and the wind did moan
A little bird lit down on Henry Lee
Simplesmente fantástico
And stay all night with me
You won't find a girl in this damn world
That will compare with me
And the wind did howl and the wind did blow
A little bird lit down on Henry Lee
I can't get down and I won't get down
And stay all night with thee
For the girl I have in that merry green land
I love far better than thee
And the wind did howl and the wind did blow
A little bird lit down on Henry Lee
She leaned herself against a fence
Just for a kiss or two
And with a little pen-knife held in her hand
She plugged him through and through
And the wind did roar and the wind did moan
A little bird lit down on Henry Lee
Come take him by his lilly-white hands
Come take him by his feet
And throw him in this deep deep well
Which is more than one hundred feet
And the wind did howl and the wind did blow
A little bird lit down on Henry Lee
Lie there, lie there, little Henry Lee
Till the flesh drops from your bones
For the girl you have in that merry green land
Can wait forever for you to come home
And the wind did howl and the wind did moan
A little bird lit down on Henry Lee
Simplesmente fantástico
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
A queda
Entrei e fechei a porta. Senti o típico arrepio na barriga mas levantei a cabeça e enfrentei os meus medos pois sabia que apesar do risco que corria poderia experimentar a mais bela sensação do mundo. Então, assim o fiz, e acabei mesmo por me sentar confiante no pequeno banco de cabedal onde mexia nos botões que ligavam o motor 1 e o motor 2. Fiz-me à pista e uns segundos depois sentia a sensação libertadora da descolagem como se me dirigisse para um sítio bem melhor. Com a pressa de fugir e num acto de rebeldia parti mesmo sem avisar a torre de controlo que me fazia vários apelos de contacto.
Quando cheguei aos dez mil pés de altitude no pequeno avião senti que algo não estava bem e que já não havia nada a fazer. Deixei-me cair a toda a velocidade e não fui capaz de evitar o inevitável. Embati na terra a toda a velocidade mas consegui escapar apenas com umas feridas, algumas delas bem difíceis de cicatrizar mas nada que me impeça de continuar a minha vida.
A única coisa que sei é que a partir do dia em que tomei consciência do sucedido nunca mais consegui voltar a entrar no avião e fazer-me à pista. Não consigo tomar a decisão de descolar sabendo que corro o risco de voltar a cair. Só confiava no velho avião mas até esse acabou por me falhar.
Quando cheguei aos dez mil pés de altitude no pequeno avião senti que algo não estava bem e que já não havia nada a fazer. Deixei-me cair a toda a velocidade e não fui capaz de evitar o inevitável. Embati na terra a toda a velocidade mas consegui escapar apenas com umas feridas, algumas delas bem difíceis de cicatrizar mas nada que me impeça de continuar a minha vida.
A única coisa que sei é que a partir do dia em que tomei consciência do sucedido nunca mais consegui voltar a entrar no avião e fazer-me à pista. Não consigo tomar a decisão de descolar sabendo que corro o risco de voltar a cair. Só confiava no velho avião mas até esse acabou por me falhar.
domingo, 21 de dezembro de 2008
A casa
“Era linda a nossa casa”, lamuriava ele aos encantadores ouvintes dos desabafos. Era uma bela casa construída por nós, erguida tijolo a tijolo pela nossa paixão, com paredes pintadas de companheirismo e com telhas acasaladas de amizade. Tinha janelas que mostravam orgulhosas o dourado do nosso futuro e flores que coloriam a nossa cumplicidade. Os raios de sol cintilavam nos nossos corpos pela manhã e à noite jantávamos à luz das estrelas.
A casa era constituída por uma sala dos segredos que tinha um piano onde tocava para ti, e só para ti, as mais belas canções de enamorados; tinha também um quarto onde nos amávamos, uma cozinha onde alimentávamos as nossas esperanças e uma casa de banho onde desabafávamos dos nossos tormentos. O lugar mais especial era sem duvida o magnifico hall de entrada… era lá que juntávamos tudo e tornavamos a casa completa e embelezada.
Construir uma casa não é tarefa fácil mas conseguimos ultrapassar por muito juntos ao adorar aquele nosso lugar intemporal, refúgio de muitas vivências e confissões deixadas nos pequenos objectos que a habitavam.
Chegou um dia que começaram a aparecer as pequenas rachas nas paredes e vi a tua sombra sair pela porta fora para não voltares. A casa ficou vazia e acumulou montes de papéis com as nossas memórias, a madeira do piano secou, as flores murcharam, o quarto armazenou o pó da ausência dos nossos corpos, deixou de existir alimento na cozinha, os canos entupiram e as janelas cerraram a luz do sol.
Deixámos passar o tempo e não vimos qualquer valor naquela casa que um dia já foi nossa, e ela acabou mesmo por arder num fogo lento que destruiu quase tudo no que nela se encontrava.
A tristeza caiu em mim e o tempo sussurrou-me que deveria reconstruí-la novamente contigo. Sabes bem que é bem mais difícil reconstruir uma casa queimada do que construir uma nova mas também sabes que aquela casa não é uma casa qualquer… é a casa que um dia foi nossa.
Estou já a tentar dar os primeiros passos na reedificação dela mas preciso da tua ajuda. Necessito de sentir que aquele espaço é de novo nosso mas continuo sem saber se ainda queres voltar para a nossa casa. Tens a porta aberta a chamar por ti.
A casa de que falo é o mais belo lugar que já tive. Não é nada mais, nada menos que o nosso amor.
A casa era constituída por uma sala dos segredos que tinha um piano onde tocava para ti, e só para ti, as mais belas canções de enamorados; tinha também um quarto onde nos amávamos, uma cozinha onde alimentávamos as nossas esperanças e uma casa de banho onde desabafávamos dos nossos tormentos. O lugar mais especial era sem duvida o magnifico hall de entrada… era lá que juntávamos tudo e tornavamos a casa completa e embelezada.
Construir uma casa não é tarefa fácil mas conseguimos ultrapassar por muito juntos ao adorar aquele nosso lugar intemporal, refúgio de muitas vivências e confissões deixadas nos pequenos objectos que a habitavam.
Chegou um dia que começaram a aparecer as pequenas rachas nas paredes e vi a tua sombra sair pela porta fora para não voltares. A casa ficou vazia e acumulou montes de papéis com as nossas memórias, a madeira do piano secou, as flores murcharam, o quarto armazenou o pó da ausência dos nossos corpos, deixou de existir alimento na cozinha, os canos entupiram e as janelas cerraram a luz do sol.
Deixámos passar o tempo e não vimos qualquer valor naquela casa que um dia já foi nossa, e ela acabou mesmo por arder num fogo lento que destruiu quase tudo no que nela se encontrava.
A tristeza caiu em mim e o tempo sussurrou-me que deveria reconstruí-la novamente contigo. Sabes bem que é bem mais difícil reconstruir uma casa queimada do que construir uma nova mas também sabes que aquela casa não é uma casa qualquer… é a casa que um dia foi nossa.
Estou já a tentar dar os primeiros passos na reedificação dela mas preciso da tua ajuda. Necessito de sentir que aquele espaço é de novo nosso mas continuo sem saber se ainda queres voltar para a nossa casa. Tens a porta aberta a chamar por ti.
A casa de que falo é o mais belo lugar que já tive. Não é nada mais, nada menos que o nosso amor.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Resting
Preciso de descansar, e como tal não tenho vontade de escrever muito pois as cabeças dos meus dedos estão como que a lacrimejar por tudo o que escrevi toda a tarde. Foi uma tarde não só de introspecção mas também de retrospecção. Arrumar ideias e ter a capacidade para as espremer para o papel foi duro e fizeram sair palavras tristes, revoltas e verdadeiras, mas que precisavam de se soltar. Ainda bem que o fiz!
Tenho esperança que estas palavras, hoje recolhidas, possam fazer a diferença no amanhã.
Agora só quero sentar-me no canto, apagar a luz, acender o cigarro, fechar os olhos e relaxar ao som daquela que é uma das melhores músicas alguma vez criada, daquela que é uma das melhores bandas que alguma vez existiu, e que me acompanhou já tantas vezes para todo o lado. Quero ouvir um hino ao amor.
Tenho esperança que estas palavras, hoje recolhidas, possam fazer a diferença no amanhã.
Agora só quero sentar-me no canto, apagar a luz, acender o cigarro, fechar os olhos e relaxar ao som daquela que é uma das melhores músicas alguma vez criada, daquela que é uma das melhores bandas que alguma vez existiu, e que me acompanhou já tantas vezes para todo o lado. Quero ouvir um hino ao amor.
Heróis de Alkmaar
Hoje à tarde um colega meu pediu para lhe dizer um momento em que tenho sido verdadeiramente feliz, um momento em que tenha ficado em êxtase, algo que me tenha feito perder a cabeça de tanta alegria. Já não é a primeira pessoa que me pergunta isto e sempre que penso na resposta vem-me à cabeça inúmeras situações, mas há uma que surge rapidamente. Sei que para muitos pode parecer ridículo mas para mim, que nessa noite chorei compulsivamente de alegria durante mais de uma hora, deitado no chão numa posição pouco ortodoxa, após vários minutos em que tive de sair de frente do televisor inumeras vezes tal era o estado de nervos. No final de tudo segui para o aeroporto até de manhã juntamente com milhares de pessoas que queriam exaltar um feito histórico, algo de maravilhoso.
Sei que nessa noite estava verdadeiramente feliz… Obrigado heróis de Alkmaar.
Ainda hoje quando revejo este clip dá-me uma subita vontade de chorar.
Sei que nessa noite estava verdadeiramente feliz… Obrigado heróis de Alkmaar.
Ainda hoje quando revejo este clip dá-me uma subita vontade de chorar.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Oportunidade para tornar a vida extraordinária.
Tudo tem o seu tempo e nada dura para sempre. Viver ensina-nos que por mais que queiramos não podemos ter total controlo sobre as nossas coisas e sobre o que nos rodeia, pois somos simples peões passageiros que funcionamos como células isoladas num universo que teima em nos fazes sentir pequenos e inúteis. Cada vez mais a actualidade faz-nos esquecer que devemos operar como um corpo uno e acabámos por escolher caminhar de mãos nos bolsos, bem cerradas e quietas afugentadas do toque e do auxílio.
Andamos à deriva dirigidos por estímulos e sentimentos que nos fazem ver a vida de determinadas formas, umas vezes maravilhosa, outras horríveis mas sempre como algo primário e ao mesmo tempo complexo.
Acredito piamente que todos nós cá andamos porque temos algo para dar em função de o todo… Todos nós estamos programados para uma missão, nem que seja a simples missão de viver, de estarmos presentes e de podermos afirmar que estamos cá a vaguear.
Na minha vida sempre tive dificuldade em entender o porquê disto tudo e principalmente o porquê da minha existência. Sou uma pessoa de sentimentos que por vezes não sei lidar com os mesmos, que complico, que sofro, que penso demais no nada e no tudo e, desta forma, nunca acreditei no destino mas sim num caminho preestabelecido, num caminho que se vai moldando à nossa conjuntura pessoal, que reflecte um passado, um presente e um futuro encarado como uma meta inevitável.
O destino simplesmente não existe porque não depende só de nós próprios, depende de todos os outros e de tudo o que nos envolve, das nossas acções e do inexplicável.
Neste sentido sei que olho com desdém tanto para aquele que afirma que a vida é bela, como para o outro que diz que tudo não passa de um mar de desilusões e ilusões. A vida é isto mesmo… é um misto de tudo, é uma oportunidade de aprender e tentar fazer sempre o melhor, de perdoar, de acreditar, de lutar e de conceder oportunidades… é uma oportunidade para amar e ser amado, é uma oportunidade de virar a página, uma oportunidade de saber aproveitar tudo o que temos, de valorizar os outros e nós próprios, de simplificar, de errar e pedir perdão… é uma oportunidade de dar, de ensinar, de ajudar e ser ajudado.
Quem não aceita os factos acaba no mundo da revolta, do ódio, da indiferença e da intolerância. Acaba preso a recordações e desilusões, estagna e fica ligado a um momento que já foi e que por mais que se queira não vai voltar…o tempo é filho da puta e é inimigo dos crentes desenquadrados, mas é assim mesmo… pode ter muitos defeitos o senhor tempo mas de uma coisa não lhe podemos apontar o dedo, ele acaba sempre por nos dar uma oportunidade, muitas das vezes não a que queremos mas sempre uma qualquer oportunidade.
Ela dá-nos sempre uma oportunidade porque viver é uma oportunidade.
A vida por si só pode não ser fantástica mas temos sempre a hipótese de a tornar extraordinária.
Andamos à deriva dirigidos por estímulos e sentimentos que nos fazem ver a vida de determinadas formas, umas vezes maravilhosa, outras horríveis mas sempre como algo primário e ao mesmo tempo complexo.
Acredito piamente que todos nós cá andamos porque temos algo para dar em função de o todo… Todos nós estamos programados para uma missão, nem que seja a simples missão de viver, de estarmos presentes e de podermos afirmar que estamos cá a vaguear.
Na minha vida sempre tive dificuldade em entender o porquê disto tudo e principalmente o porquê da minha existência. Sou uma pessoa de sentimentos que por vezes não sei lidar com os mesmos, que complico, que sofro, que penso demais no nada e no tudo e, desta forma, nunca acreditei no destino mas sim num caminho preestabelecido, num caminho que se vai moldando à nossa conjuntura pessoal, que reflecte um passado, um presente e um futuro encarado como uma meta inevitável.
O destino simplesmente não existe porque não depende só de nós próprios, depende de todos os outros e de tudo o que nos envolve, das nossas acções e do inexplicável.
Neste sentido sei que olho com desdém tanto para aquele que afirma que a vida é bela, como para o outro que diz que tudo não passa de um mar de desilusões e ilusões. A vida é isto mesmo… é um misto de tudo, é uma oportunidade de aprender e tentar fazer sempre o melhor, de perdoar, de acreditar, de lutar e de conceder oportunidades… é uma oportunidade para amar e ser amado, é uma oportunidade de virar a página, uma oportunidade de saber aproveitar tudo o que temos, de valorizar os outros e nós próprios, de simplificar, de errar e pedir perdão… é uma oportunidade de dar, de ensinar, de ajudar e ser ajudado.
Quem não aceita os factos acaba no mundo da revolta, do ódio, da indiferença e da intolerância. Acaba preso a recordações e desilusões, estagna e fica ligado a um momento que já foi e que por mais que se queira não vai voltar…o tempo é filho da puta e é inimigo dos crentes desenquadrados, mas é assim mesmo… pode ter muitos defeitos o senhor tempo mas de uma coisa não lhe podemos apontar o dedo, ele acaba sempre por nos dar uma oportunidade, muitas das vezes não a que queremos mas sempre uma qualquer oportunidade.
Ela dá-nos sempre uma oportunidade porque viver é uma oportunidade.
A vida por si só pode não ser fantástica mas temos sempre a hipótese de a tornar extraordinária.
Retrospectiva do nariz vermelho
Hoje andava a passear pelos becos aqui da web quando encontrei algo que marcou a minha infância. Estou a falar de uns desenhos animados que estavam guardados bem no fundo da minha memória e que após ver o vídeo acenderam-se, quase que por magia, as minha memórias desse tempo. Lembro-me de acordar de manhã com os meus cinco anos e devorar estes deliciosos desenhos animados como se o mundo fosse feito com as pontas dos pequenos lápis de cor.
É impressionante a memória humana… não é que enquanto via o pequeno clip percebi que ainda me lembrava da letra da música.
É impressionante a memória humana… não é que enquanto via o pequeno clip percebi que ainda me lembrava da letra da música.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Visão Aterradora
A noite acabou... Dei-te um forte abraço de consolo como que soubesse que seria a última vez que te avistaria com vida. Há muito que éramos inseparáveis… provavelmente desde que nascemos que éramos unha com carne, crescemos juntos e passámos unidos por muitas felicidades e adversidades da vida. Estendemos a mão um ao outro sempre que precisámos, sorrimos e chorámos juntos pelos caminhos da vida.
Nessa noite algo me disse que tu irias partir para não voltar… o teu olhar dizia-me que já não aguentavas mais este mundo, a tristeza patente no teu corpo era um sinal gritante da tua revolta, o sorriso forçado indicava a indiferença por tudo o que te envolvia. Apresentavas-te na nossa companhia como um mutante mutilado pelas intempéries que te corrompiam o interior, vagueavas sem forças como se de uma obrigação se tratasse e não olhavas ninguém nos olhos.
Nessa noite pressenti algo, mas não consegui ler os sinais… bradavas silenciosamente por auxílio enquanto caminhavas silenciosamente. No fim deste-me um simples e adulterado “até amanhã”e viraste costas. No dia seguinte fui acordado com a notícia mas já cá não estavas… já tinhas partido para o outro mundo…
Nessa noite algo me disse que tu irias partir para não voltar… o teu olhar dizia-me que já não aguentavas mais este mundo, a tristeza patente no teu corpo era um sinal gritante da tua revolta, o sorriso forçado indicava a indiferença por tudo o que te envolvia. Apresentavas-te na nossa companhia como um mutante mutilado pelas intempéries que te corrompiam o interior, vagueavas sem forças como se de uma obrigação se tratasse e não olhavas ninguém nos olhos.
Nessa noite pressenti algo, mas não consegui ler os sinais… bradavas silenciosamente por auxílio enquanto caminhavas silenciosamente. No fim deste-me um simples e adulterado “até amanhã”e viraste costas. No dia seguinte fui acordado com a notícia mas já cá não estavas… já tinhas partido para o outro mundo…
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Apaixonar-me por uma míuda
Can't think of anything to do
My left brain knows that
All love is fleeting
She's just looking for something new
And i said it once before
But it bears repeating
My left brain knows that
All love is fleeting
She's just looking for something new
And i said it once before
But it bears repeating
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Jogos de Amor
Penso que todos nós já sofremos e já fizemos sofrer. Eu pessoalmente já passei pelas duas partes da moeda e qualquer uma delas teve o poder de me deitar abaixo como se o meu mundo aluísse perante os meus pés. Quando se trata de amor e relações nada é fácil, dizem-me as experiências, principalmente quando pessoas saem com os sentimentos feridos. Não foi assim há tanto tempo que me sucedeu uma grande desilusão mas também faz pouco tempo que fiz sofrer uma pessoa de quem ainda nutro um enorme respeito.
Sei que não sou perfeito e que na imensidão dos meus defeitos não fui correcto, sei que fiz sofrer injustamente uma pessoa que não merecia, que estava disposta a lutar, a dar um sorriso e uma palavra amiga mas quando se trata de resolver problemas sempre fui um egoísta de primeira. Quando há pedaços de mim que não estão bem resolvidos é-me impossível andar para a frente e desta vez fiz com que uma pessoa por quem tenho um grande carinho ficasse verdadeiramente mal. Tinha em mim várias coisas que tinha de resolver e precisei de passar por isto sozinho.
Penso que um Ser Humano é maior no seu interior quando tem a capacidade para admitir os seus erros e para pedir desculpas sinceras, e é isso que estou a tentar fazer. É duro passar por essa pessoa e saber que os sentimentos em relação à minha pessoa estão no limiar do ódio e da revolta apesar de entender o porquê. De qualquer das formas penso que um dia ainda vamos perceber que podemos ser bons amigos e que todas estas barreiras se vão quebrar entre nós.
Sei bem que vais entender o vídeo.
Sinceras desculpas I.A.
Sei que não sou perfeito e que na imensidão dos meus defeitos não fui correcto, sei que fiz sofrer injustamente uma pessoa que não merecia, que estava disposta a lutar, a dar um sorriso e uma palavra amiga mas quando se trata de resolver problemas sempre fui um egoísta de primeira. Quando há pedaços de mim que não estão bem resolvidos é-me impossível andar para a frente e desta vez fiz com que uma pessoa por quem tenho um grande carinho ficasse verdadeiramente mal. Tinha em mim várias coisas que tinha de resolver e precisei de passar por isto sozinho.
Penso que um Ser Humano é maior no seu interior quando tem a capacidade para admitir os seus erros e para pedir desculpas sinceras, e é isso que estou a tentar fazer. É duro passar por essa pessoa e saber que os sentimentos em relação à minha pessoa estão no limiar do ódio e da revolta apesar de entender o porquê. De qualquer das formas penso que um dia ainda vamos perceber que podemos ser bons amigos e que todas estas barreiras se vão quebrar entre nós.
Sei bem que vais entender o vídeo.
Sinceras desculpas I.A.
O Caminho
Saímos de manhã cedo. Era um daqueles dias fantásticos de verão em que entrámos nos carros direitinhos a uma bela semana de férias todos juntos. Foram 3 carros carregados de amigos que há muito não se juntavam para estas andanças e pusemo-nos ao caminho. Com os raios de sol a baterem-nos na cara ouvíamos alegremente as canções que marcaram a nossa juventude, dos tempos em que a vida era feita lá na rua com uma bola e dois pares de mochilas.
Percorremos quilómetros e quilómetros até que fizemos a nossa primeira paragem numa praia deserta onde passámos a manhã percorrendo a praia todos nus até que percebemos que lá em cima da colina havia um miradouro cheio de belas turistas holandesas que nos assobiavam e apupavam.
Continuámos o caminho pela costa até que fomos dar a uma zona perdida à beira-mar com umas ventoinhas eólicas e com umas camaratas, num espaço paradisíaco que tinha tudo para ser perfeito.
Durante dias vivemos numa perfeita anarquia aproveitando tudo o que aquela natureza nos dava. Entre o surf e as refeições, as guitarradas e os mergulhos, os “joints” e as gargalhadas criámos um espírito de irmandade inigualável que acabava nas longas conversas nocturnas e no relembrar da nossa infância e juventude. Mesmo sabendo que éramos como irmãos, todos tínhamos a noção que poderia não ser assim para sempre, mas também todos sabíamos que aquela semana tinha sido como que percorrer um “caminho”… um “caminho” em que…
…Qualquer um podia ver que a estrada
Em que eles andam
É pavimentada em ouro
E é sempre verão
Eles nunca ficarão com frio
Nunca ficarão com fome
Nunca ficarão velhos e grisalhos
Percorremos quilómetros e quilómetros até que fizemos a nossa primeira paragem numa praia deserta onde passámos a manhã percorrendo a praia todos nus até que percebemos que lá em cima da colina havia um miradouro cheio de belas turistas holandesas que nos assobiavam e apupavam.
Continuámos o caminho pela costa até que fomos dar a uma zona perdida à beira-mar com umas ventoinhas eólicas e com umas camaratas, num espaço paradisíaco que tinha tudo para ser perfeito.
Durante dias vivemos numa perfeita anarquia aproveitando tudo o que aquela natureza nos dava. Entre o surf e as refeições, as guitarradas e os mergulhos, os “joints” e as gargalhadas criámos um espírito de irmandade inigualável que acabava nas longas conversas nocturnas e no relembrar da nossa infância e juventude. Mesmo sabendo que éramos como irmãos, todos tínhamos a noção que poderia não ser assim para sempre, mas também todos sabíamos que aquela semana tinha sido como que percorrer um “caminho”… um “caminho” em que…
…Qualquer um podia ver que a estrada
Em que eles andam
É pavimentada em ouro
E é sempre verão
Eles nunca ficarão com frio
Nunca ficarão com fome
Nunca ficarão velhos e grisalhos
Unza Unza
Tomei conhecimento, concorri mas ficou adiado. Desde sempre que tenho um fascínio enorme pelos Balcãs e há algum tempo tomei conhecimento de uma maneira de ir para lá viver durante um ano... Fui tarde de mais mas deram-me uma segunda oportunidade e vou querer agarrá-la. Por enquanto tenho de me contentar em ouvir umas músicas de uma banda que já tive o prazer de ver ao vivo duas vezes, e que para mim é, sem sombra de duvidas, das melhores bandas do planeta.
Da Ex-jugoslávia para vocês, EMIR KUSTURICA & NO SMOKING ORCHESTRA
Da Ex-jugoslávia para vocês, EMIR KUSTURICA & NO SMOKING ORCHESTRA
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Um Mundo Catita
Quem me conhece sabe bem que sou um grande fã do génio de Manuel João Vieira. Ao longo dos tempos fui conhecendo melhor o seu trabalho e apercebi-me que adoro o seu espírito criativo. Desta vez podemos vê-lo na magnifica série chamada "Um Mundo Catita" que passa na RTP2 aos domingos às 23:45.
O site oficial é o www.mundocatita.com
O site oficial é o www.mundocatita.com
:)
Na vida temos, por vezes, momentos em que nos sentimos em baixo, atormentados por frustrações que não conseguimos superar, pensando demasiado nas acções e nas consequências, nas atitudes, nas desilusões, nas ilusões e nos idealismos. Sofremos em voz baixa com tudo o nos faz afundar e mantemos esses fantasmas no nosso interior até que eles se tornem em nossos companheiros de caminhadas. De certa forma as ideias andam às voltas na nossa cabeça e faz com que uma pessoa estagne na sua progressão.
Faz bastante tempo que varias ideias, fantasias e ilusões me acompanhavam no dia a dia impedindo-me de avançar na minha vida mas foi, com muita alegria minha, que esta semana consegui finalmente ver-me livre de vários fantasmas que me escoltavam no meu caminho. Consegui finalmente encontrar um sentido, resolvendo vários fragmentos do meu interior, lembrando com afabilidade memórias, pessoas e vidas vividas, acreditando num futuro e acima de tudo acreditando na minha pessoa. Sinto-me bem com a vida e estou em paz.
Hoje acredito no amanhã.
Faz bastante tempo que varias ideias, fantasias e ilusões me acompanhavam no dia a dia impedindo-me de avançar na minha vida mas foi, com muita alegria minha, que esta semana consegui finalmente ver-me livre de vários fantasmas que me escoltavam no meu caminho. Consegui finalmente encontrar um sentido, resolvendo vários fragmentos do meu interior, lembrando com afabilidade memórias, pessoas e vidas vividas, acreditando num futuro e acima de tudo acreditando na minha pessoa. Sinto-me bem com a vida e estou em paz.
Hoje acredito no amanhã.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Escuridão Iluminada
Já passava da meia-noite quando decidi sair de casa. Era uma daquelas noites geladas de Outono em que uma pessoa se sente adormecida e que procura algo que nem ela própria sabe o que é. Nessas situações o melhor é um gajo meter-se no carro e conduzir à deriva até ver onde pode ir dar. No meu caso fui dar a uma falésia junto ao mar onde podia ver, em silêncio, o reflexo da lua na ondulação. Acabei mesmo por sair do carro e descer a longa escadaria que dividia o parque do areal e, num acto de hedonismo, sentei-me na parte molhada, acendi um cigarro, fechei os olhos e acabei mesmo por adormecer. Só acordei quando a ondulação que me envolveu me anunciou que a maré estava a subir e me segredou sorrateiramente para caminhar para a existência.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Tardes de Verão
"Estava divertido. Andei a brincar a tarde toda com elas no parque enquanto comia gomas e subitamente veio-me um cheiro a sexo e doces. Sorri descaradamente!"
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Toca-me uma balada
Olhei para o relógio e já marcava 2:47. Ali estava eu, todo desabotoado, sentado ao balcão daquele bar escuro enquanto bebia a minha sexta Guinness pint e pensava na minha semana de trabalho. Andava tão ocupado que já não tinha tempo para mais nada, a não ser para a minha vida de alcoólico e de workahoolic.
No momento em que os meus olhos se preparavam para fechar devido à elevada taxa de alcoolemia, entrou um jovem que se sentou ao piano e tocou uma daquelas baldas de piano jazz.
No fim da música levantei-me com as lágrimas na cara e com o andar cambalaeante de bêbedo, dei duas "pêras" no puto, subi para cima do piano e gritei por mim próprio a pulmões cheios!
No momento em que os meus olhos se preparavam para fechar devido à elevada taxa de alcoolemia, entrou um jovem que se sentou ao piano e tocou uma daquelas baldas de piano jazz.
No fim da música levantei-me com as lágrimas na cara e com o andar cambalaeante de bêbedo, dei duas "pêras" no puto, subi para cima do piano e gritei por mim próprio a pulmões cheios!
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Arejo desvanecido
"Epá... man, era a melhor coisa do mundo. Acordava e olhava para ela e sentia-me verdadeiramente bem. Adorava ve-la a dormir e quando acordava aquele sorriso que ela me dava era toda a razão do meu dia. Adorava aquela mulher! Acreditei que era com ela que eu iria estar daqui a muitos anos com filhos e uma renda para pagar e afinal ela, de um momento para o outro, sem razaõ aparente diz-me que tudo o que foi construido já não faz sentido... Diz-me que não há volta a dar... (suspiro) foi tanto tempo! O que vou fazer agora da minha vida?...
Man... Não sei o que te diga. Eu compreendo-te e defendo que toda a pessoa merece uma segunda oportunidade. Espera e acredita que vale a pena lutar. Estas merdas só servem para nos lembrarmos que o amor é uma doença, quando nele julgamos ver a nossa cura."
Aquele abraço man! Espero que te tenha ajudado...
Man... Não sei o que te diga. Eu compreendo-te e defendo que toda a pessoa merece uma segunda oportunidade. Espera e acredita que vale a pena lutar. Estas merdas só servem para nos lembrarmos que o amor é uma doença, quando nele julgamos ver a nossa cura."
Aquele abraço man! Espero que te tenha ajudado...
terça-feira, 25 de novembro de 2008
I take out a word to tell you
i still have a lot to tell you
each day i have another thing to tell
i dream i'm small now
disappearing while another day passes
and i take out a word to tell you, you become farer and farer
farer farer
you are now blurry memories
everything here looks like cartoons
you are now blurry memories
everything here looks like cartoons
each day i have another thing to tell
i dream i'm small now
disappearing while another day passes
and i take out a word to tell you, you become farer and farer
farer farer
you are now blurry memories
everything here looks like cartoons
you are now blurry memories
everything here looks like cartoons
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Procura o sentido
When I'm low, and I'm weak, and I'm lost
I don't know who I can trust
Paranoia, the destroyer, comes knocking on my door
You know the pain drifts to days, turns to nights
But it slowly will subside
And when it does, I take a step, I take a breath
And wonder what I'll find
Can you hear what I'm saying?
Got my mind meditating on love, love
Feel what I'm saying
Got my mind meditating on love, love
(The human condition, the human condition)
Too much blood, too much hate, turn off the set
There's got to be something more
When Mohammed, Allah, Buddah, Jesus Christ
Are knocking down my door
I'm agnostic getting God, but man
She takes a female form
There's no time, no space, no law
We're out here on our own
Can you hear what I'm saying?
Got my mind meditating on love, love
Feel what I'm saying
Got my mind meditating on love, love
Check the meaning
(The human condition)
Check the feeling
(The human condition)
Guess it's life, doing it's thing
Making you cry, making you think
Yeah life, dealing it's hand
Making you cry and you don't understand
Life, doing it's thing
Making you cry now, making you think of
Pain, doing it's thing
Making you cry yeah, making you sing
Don't say it, don't say it's too late
Don't, don't say it's too late (It's never too late, it's nevertoo late)
Don't, don't say it's too late (It's never too late)
Don't, don't say it's too late
The human condition, the big decisions
The human condition, the big decisions
I'm like a fish with legs, I fell from the tree
I made a rocket (check the meaning), I made a wheel
I made a rocket (check the feeling), I swam the ocean (check themeaning)
I saw the moon (say a prayer), I seen the universe (and beyond)
I see you (check the feeling), I see me (check the meaning)
That's my reality
And while the city sleeps we go walking
It's a beautiful world
And when the city sleeps we go walking
We find a hole in the sky and then we start talking
And then we say "Jesus Christ, Jesus Christ, Jesus Christ
Buy us some time, buy us some time"
Hear what I'm saying
Can you hear what I'm saying?
Can you hear what I'm saying?
Can you hear what I'm saying?
It's gonna be alright
I don't know who I can trust
Paranoia, the destroyer, comes knocking on my door
You know the pain drifts to days, turns to nights
But it slowly will subside
And when it does, I take a step, I take a breath
And wonder what I'll find
Can you hear what I'm saying?
Got my mind meditating on love, love
Feel what I'm saying
Got my mind meditating on love, love
(The human condition, the human condition)
Too much blood, too much hate, turn off the set
There's got to be something more
When Mohammed, Allah, Buddah, Jesus Christ
Are knocking down my door
I'm agnostic getting God, but man
She takes a female form
There's no time, no space, no law
We're out here on our own
Can you hear what I'm saying?
Got my mind meditating on love, love
Feel what I'm saying
Got my mind meditating on love, love
Check the meaning
(The human condition)
Check the feeling
(The human condition)
Guess it's life, doing it's thing
Making you cry, making you think
Yeah life, dealing it's hand
Making you cry and you don't understand
Life, doing it's thing
Making you cry now, making you think of
Pain, doing it's thing
Making you cry yeah, making you sing
Don't say it, don't say it's too late
Don't, don't say it's too late (It's never too late, it's nevertoo late)
Don't, don't say it's too late (It's never too late)
Don't, don't say it's too late
The human condition, the big decisions
The human condition, the big decisions
I'm like a fish with legs, I fell from the tree
I made a rocket (check the meaning), I made a wheel
I made a rocket (check the feeling), I swam the ocean (check themeaning)
I saw the moon (say a prayer), I seen the universe (and beyond)
I see you (check the feeling), I see me (check the meaning)
That's my reality
And while the city sleeps we go walking
It's a beautiful world
And when the city sleeps we go walking
We find a hole in the sky and then we start talking
And then we say "Jesus Christ, Jesus Christ, Jesus Christ
Buy us some time, buy us some time"
Hear what I'm saying
Can you hear what I'm saying?
Can you hear what I'm saying?
Can you hear what I'm saying?
It's gonna be alright
sábado, 22 de novembro de 2008
Brincadeira de Criança
Esta semana passei uma tarde com um dos meus muitos sobrinhos. Durante esse tempo falámos de diversas coisas e deixei-o desabafar os seus problemas de criança/pré-adolsecente de 12 anos que começa a sentir uma paixão enorme e platónica dentro dele, que fala das brigas com os colegas com grandeza tipica de quem é um acagassado de primeira mas não quer dar a parte fraca; falou da escola e da vida difícil que levava. "Ai aquele teste de Ciências! Metade da turma teve nega" desabafa ele a tentar escapar-se aos pais... Ainda me lembro dessa idade e de como era bom descobrir e viver a vida...
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Eu não posso ser quem tu és
"Lá por uma pessoa não te amar como tu gostarias, não quer dizer que essa pessoa não te ame com todas as suas forças".
Se há coisa que me magoa é saber que em tempos houve uma pessoa que, apesar de estar comigo, não gostava de mim tal como eu era... Além disso não compreendeu que apesar de eu ser como sou e ter os meus defeitos a amava com tudo o que existia em mim.
Eu não posso ser quem tu és.
Se há coisa que me magoa é saber que em tempos houve uma pessoa que, apesar de estar comigo, não gostava de mim tal como eu era... Além disso não compreendeu que apesar de eu ser como sou e ter os meus defeitos a amava com tudo o que existia em mim.
Eu não posso ser quem tu és.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Me Llaman Calle
Hoy yo sentí el deseo de escribir en español. Para mí esa es, quizás, la más hermosa lengua hablada en el planeta. Me da un gusto especial andar por las calles y escuchar a las personas hablando español... español triste pero caliente, sucio pero melodico. Me encantan las calles con ritmos hispanos.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Ficções Nhárras com "Jota" Vasco
Estava um calor desproporcionado para a altura do ano. Estávamos em Abril de 1996 e decidimos tirar uns dias de folga dos nossos empregos. Eu, talhante de profissão e o meu amigo Jota produtor de vinho carrasco já tinhamos como tradição nesta época de ir a Sevilha para irmos visitar a "Feria de Abril" com o objectivo de irmos aumentar as nossas taxas de colestrol com as típicas tapas espanholas que se encontram facilmente nas "casetas".
Nestas visitas a Sevilha tinhamos sempre por objectivo acompanhar todas as corridas de toiros que iriam decorrer na La Maestranza, ir ao Rámon Sànchez Pizjuan ver um ou dois jogos do Sevilla Fútbol Club e, principalmente, visitar o pequeno Pablito. Pablito era uma criança com 8 anos, filho de um relacionamento entre o Jota Vasco e uma linda cigana que conhecera anos antes numa destas nossas visitas. Este era um segredo bem escondido e ocultado pelas nossas viagens de afición para que a mulher do Jota não soubesse de nada. Apesar de ambos sermos bons pais e esposos, quando iamos a Espanha não conseguiamos guardá-lo dentro das calças e acabávamos metidos com todos os rabos de saia que por nós passavam. Creio que neste aspecto tive mais sorte que o Jota pois até podia passar por rebentos meus nas ruas que não os conhecia.
Recuando, então, uns nove anos atrás, lembro-me de estar um dia fantástico e de eu e o Jota estarmos junto à Catedral de Sevilha quando por nós passou duas ciganitas jovens e coradas que traziam algumas flores para vender. O Jota gingão como sempre consultou as jovens para saber os preços das flores. Passado 1 hora estávamos os quatro numa pequena pensão, cada 2 num quarto fazendo amor pela tarde dentro.
No ano seguinte voltámos a encontrar as jovens mas desta vez a linda Mirella (nome da ciganita com quem o João Vasco tinha passado a tarde) já não se encontrava sozinha e tinha a seu colo um jovem bebé de 3 meses. Ao ver aquilo o Jota amimou o bebé quando ela lhe explicou que aquele era seu filho.
Quando tentávamos fugir daquele sitio apareceu um cigano cinquentão que nos agarrou e ameaçou que se o Jota não casasse com a jovem Mirella que nos matava ali mesmo. O Jota como era casado prometeu que todos os anos iria visitar o pequeno Pablito e que lhe levaria dinheiro. O homem insatisfeito fez-nos dar os nossos fios de ouro e os nossos pares de botas ribatejanas e só assim aceitou as condições, ameaçando que se não nos visse lá todos os anos que nos cortaria os tomates e que os daria aos porcos.
Nos anos seguintes não falhámos em nenhum dos compromissos com a comunidade e até passámos por momentos bem complicados. Lembro-me de termos servido como contrabandistas de tupperwares, de transaccionarmos pacotes de heroina para Beja, de entrarmos nas negociatas dos cavalos, de traficar carros roubados e até de chantagear polícias de transito.
No ano de 1996 lembrom-me bem que depois de assistirmos ás habituais corridas de toiros de que tanto gostávamos e após uma vitória do Sevilha de Toni e Emílio Peixe frente ao Espanyol, com dosi tentos do Sukur, fomos ter com a comunidade. Só tivémos tempo de parar num salão de jogos para beber duas imperiais e deixar o pequeno Pablito jogar umas moedas nas máquinas. Esse dia foi bastante especial pois o pequeno jovem quis apresentar uma música para o seu pai.
Ao minuto 0:32 eu e o Jota Vasco surgimos junto ao poste ao lado do pequeno Pablito a bater palmas e a tentar arranjar um esquema para fugir dali para fora.
Digam lá se o Pablito não é parecido com o pai... Aquele penteado é igualzinho.
Nestas visitas a Sevilha tinhamos sempre por objectivo acompanhar todas as corridas de toiros que iriam decorrer na La Maestranza, ir ao Rámon Sànchez Pizjuan ver um ou dois jogos do Sevilla Fútbol Club e, principalmente, visitar o pequeno Pablito. Pablito era uma criança com 8 anos, filho de um relacionamento entre o Jota Vasco e uma linda cigana que conhecera anos antes numa destas nossas visitas. Este era um segredo bem escondido e ocultado pelas nossas viagens de afición para que a mulher do Jota não soubesse de nada. Apesar de ambos sermos bons pais e esposos, quando iamos a Espanha não conseguiamos guardá-lo dentro das calças e acabávamos metidos com todos os rabos de saia que por nós passavam. Creio que neste aspecto tive mais sorte que o Jota pois até podia passar por rebentos meus nas ruas que não os conhecia.
Recuando, então, uns nove anos atrás, lembro-me de estar um dia fantástico e de eu e o Jota estarmos junto à Catedral de Sevilha quando por nós passou duas ciganitas jovens e coradas que traziam algumas flores para vender. O Jota gingão como sempre consultou as jovens para saber os preços das flores. Passado 1 hora estávamos os quatro numa pequena pensão, cada 2 num quarto fazendo amor pela tarde dentro.
No ano seguinte voltámos a encontrar as jovens mas desta vez a linda Mirella (nome da ciganita com quem o João Vasco tinha passado a tarde) já não se encontrava sozinha e tinha a seu colo um jovem bebé de 3 meses. Ao ver aquilo o Jota amimou o bebé quando ela lhe explicou que aquele era seu filho.
Quando tentávamos fugir daquele sitio apareceu um cigano cinquentão que nos agarrou e ameaçou que se o Jota não casasse com a jovem Mirella que nos matava ali mesmo. O Jota como era casado prometeu que todos os anos iria visitar o pequeno Pablito e que lhe levaria dinheiro. O homem insatisfeito fez-nos dar os nossos fios de ouro e os nossos pares de botas ribatejanas e só assim aceitou as condições, ameaçando que se não nos visse lá todos os anos que nos cortaria os tomates e que os daria aos porcos.
Nos anos seguintes não falhámos em nenhum dos compromissos com a comunidade e até passámos por momentos bem complicados. Lembro-me de termos servido como contrabandistas de tupperwares, de transaccionarmos pacotes de heroina para Beja, de entrarmos nas negociatas dos cavalos, de traficar carros roubados e até de chantagear polícias de transito.
No ano de 1996 lembrom-me bem que depois de assistirmos ás habituais corridas de toiros de que tanto gostávamos e após uma vitória do Sevilha de Toni e Emílio Peixe frente ao Espanyol, com dosi tentos do Sukur, fomos ter com a comunidade. Só tivémos tempo de parar num salão de jogos para beber duas imperiais e deixar o pequeno Pablito jogar umas moedas nas máquinas. Esse dia foi bastante especial pois o pequeno jovem quis apresentar uma música para o seu pai.
Ao minuto 0:32 eu e o Jota Vasco surgimos junto ao poste ao lado do pequeno Pablito a bater palmas e a tentar arranjar um esquema para fugir dali para fora.
Digam lá se o Pablito não é parecido com o pai... Aquele penteado é igualzinho.
Atrás está uma sombra
Este fim-de-semana tive uma daquelas sensações únicas. Estava perto da 1 hora da manhã quando subitamente me lavei em lágrimas. Chorei com uma força que desconhecia há muito tempo e durante cerca de uma hora me manti naquilo. Nesse espaço de tempo e apesar do olhar estranho dos meus amigos que não compreendiam o que se estava a passar, eu curtia uma sensação que me estava a libertar e a soltar de algo que nem eu próprio sabia o que era. Ainda hoje não sei bem o que se passou mas de uma coisa tenho a certeza... foi brutal!
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Rebórne!
Números, conceitos, junções, datas. Ainda bem que existem para nos dar força para voltar a nós. Está na hora de arrumar a cabeça e recomeçar. Não vai ser fácil!... mas quem disse que estas coisas são fáceis.
Sigur Rós
Já lá vão dois anos desde o último encontro. Lembro-me bem do dia 16 de Julho de 2006 quando me deparei pela primeira vez com este grupo de indivíduos nórdicos que para além de fazerem música única, de darem concertos fabulosos e inesquecíveis conseguem por-me num estado de almo entre o zen e o modjo.
Há anos atrás no pavilhão atlântico foram maravilhosos mas hoje, neste que é o dia que mais odeio do ano, e desta vez no campo pequeno foram algo de soberbo. Admito que durante o espectáculo fiquei arrepiado por diversas vezes e não chorei em certos momentos por vergonha. Estes maganos continuam únicos e com a sua música senti todos os meus músculos a relaxarem, a minha cabeça a navegar por lugares bem melhores que este mundo, fizeram-me sentir bem vivo. Outro factor arrepiante foi a lotação esgotada da sala.
Apesar de ter sido fantástico tenho de por um senão na escolha da sala que para na minha singela opinião, não é a escolha certa.
Já num sentido mais nhárro queria referir que ouvir Sigur Rós "causa calvice" pois eu e a pessoa com que assisti a este concerto (e desde já um grande obrigado pela companhia) conseguimos contar um número astronómico de indíviduos carecas.
Há anos atrás no pavilhão atlântico foram maravilhosos mas hoje, neste que é o dia que mais odeio do ano, e desta vez no campo pequeno foram algo de soberbo. Admito que durante o espectáculo fiquei arrepiado por diversas vezes e não chorei em certos momentos por vergonha. Estes maganos continuam únicos e com a sua música senti todos os meus músculos a relaxarem, a minha cabeça a navegar por lugares bem melhores que este mundo, fizeram-me sentir bem vivo. Outro factor arrepiante foi a lotação esgotada da sala.
Apesar de ter sido fantástico tenho de por um senão na escolha da sala que para na minha singela opinião, não é a escolha certa.
Já num sentido mais nhárro queria referir que ouvir Sigur Rós "causa calvice" pois eu e a pessoa com que assisti a este concerto (e desde já um grande obrigado pela companhia) conseguimos contar um número astronómico de indíviduos carecas.
Globalização
Hoje fui até à capital de Portugal no meu carro de marca Alemã com combustível proveniente da Arábia Saudita. Quando lá cheguei fui a um estabelecimento comercial Sueco comer um Hot Dog bem americano. Ao fim da tarde fui a uma loja espanhola onde pedi licença a um casal de italianos para ver a capa de um dvd de um filme francês... Acabei por comprar um cd de um cantor inglês. À noite fui jantar a um restaurante mexicano para depois ir ver um concerto de uma banda islândesa.
Isto de dar a volta ao mundo cansa...
Isto de dar a volta ao mundo cansa...
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Chutos de Testosterona
Hoje ao passear pelos becos virtuais e com a ajuda do meu amigo Pikê encontrei um video que simplesmente me deliciou. Admito que fiquei um pouco chateado de já não se realizarem mini-produções desta qualidade cénica, com cores e personagens berrantes que entram num cérebro masculino com a mesma velocidade que a luz entra pela janela aqui do quarto.
O video que eu estou a falar é o "Boys, Boys, Boys" da cantora Italiana Sabrina Salerno que foi lançado em 1987 em que se ouve em alto e em bom som "Boys, boys, boys I'm looking for the good time Boys, boys, boys I'm ready for your love". Acredito que depois de visionarem o video muitos de vós vão querer responder ao apelo da pobre jovem que coitada, que nem dinheiro tem para comprar umas alças para o soutien.
O que mais me diverte neste video é imaginar os meus irmãos em 1987 a verem isto e a "tentarem responder ao apelo" da jovem moça. LOL
Para as meninas que se estão a questionar sobre a eventual piada do video queria deixar aqui a explicação... É fantástica aquela entrada do empregado com água até aos joelhos a levar a bebida à desamparada cachopa.
O video que eu estou a falar é o "Boys, Boys, Boys" da cantora Italiana Sabrina Salerno que foi lançado em 1987 em que se ouve em alto e em bom som "Boys, boys, boys I'm looking for the good time Boys, boys, boys I'm ready for your love". Acredito que depois de visionarem o video muitos de vós vão querer responder ao apelo da pobre jovem que coitada, que nem dinheiro tem para comprar umas alças para o soutien.
O que mais me diverte neste video é imaginar os meus irmãos em 1987 a verem isto e a "tentarem responder ao apelo" da jovem moça. LOL
Para as meninas que se estão a questionar sobre a eventual piada do video queria deixar aqui a explicação... É fantástica aquela entrada do empregado com água até aos joelhos a levar a bebida à desamparada cachopa.
domingo, 9 de novembro de 2008
Ficções Nhárras com Cristiano "Krista" Moreira
Gritámos todos juntos no principio da noite "Krista esta vai ser a tua noite!!!". Estava nevoeiro naquela noite de outono de ano de 2014 e todos sabiamos que apesar do frio queriamos alegrar aquele nosso grande amigo que se encaminhava para "a forca". O Krista ia-se casar no dia seguinte com uma loirita franzina que conheceu anos antes quando trabalhava no McDonalds da Póvoa do Varzim... Ao longo dos anos o amor entre ambos cresceu e o Krista acabou mesmo por pedir Patrocínia em casamento junto ao Castelo de Ourém depois de um jogo em que a equipa da casa perdeu com o Abrantes em futsal.
Krista era um hooligan com uma base skinhead e chefe de claque do Abrantes que tinha feito fortuna patenteado frases famosas em t-shirts como "É malhálha! Rámálhálha!"," aaahhh Liiii", "Talvez!", "Pouulhada Alhôz Mulha!".
Em espírito de festa reunimos um bom grupo de amigos para realizarmos uma despedida de solteiro e em tom de homenagem àquele que era para todos nós uma inspiração pelo seu sucesso financeiro decidimos rapar todos o cabelo, vestimos as nossas melhores calças pela meia canela (um grande sucesso na época e uma moda inicada pelo próprio Krista em meados de 2006) e uns belos suspensórios.
Após um jantar farto em carnes que sobraram da sopa da pedra e já com muita cerveja à mistura lá nos encaminhámos até uma garagem que alugámos para fazer a festa. Enquanto fumávamos uns belos cigarros de mentol oferecidos pelo próprio Krista convidávamos algumas chavalas para se juntarem à festa.
Quando chegámos à garagem não perdemos tempo e pusemos a musica no limite do sistema stereo e começámos a beber desalmadamente. Durante horas fizémos monumentais moches ao som do punk rock de uma banda de amigos de claque do Krista.
A luz estava baixa, o Pikê amolgava latas com a cabeça, o Rui dançava com uma das chavalas que conhecemos na rua, o Krista saltava de cima dos móveis em tronco nu, o Rosa tentava a sua sorte com a mesma chavala que o Rui dançava, eu ajudava uma outra chavala a tossir para expulsar o canapé que a fez engasgar.
Enquanto estávamos nós no meio da loucura, aos biqueiros uns aos outros (brincadeira começada pelo Morais e supervisionada pelo João Vasco que se tinha acabado de chegar do seu trabalho na marinha) chegou a noiva do Krista do seu jantar de despedida de solteiro para ver se o seu amado estava bem, quando encontrou o Manolo esfomeado. Enquanto estes desapareceram misteriosamente o Morais continuou a beber até que teve de se soltar num saco de areia.
A verdade é que com a festa e o álcool acabámos todos no chão inconscientes e ninguém se lembrava do que tinha acontecido naquela noite... Só me lembro de acordar e viver aquele casamento fantástico em que o Krista se queixava que lhe doía a cabeça e o Manolo lhe dizia "É normal, bebeste muito ontem."
Krista era um hooligan com uma base skinhead e chefe de claque do Abrantes que tinha feito fortuna patenteado frases famosas em t-shirts como "É malhálha! Rámálhálha!"," aaahhh Liiii", "Talvez!", "Pouulhada Alhôz Mulha!".
Em espírito de festa reunimos um bom grupo de amigos para realizarmos uma despedida de solteiro e em tom de homenagem àquele que era para todos nós uma inspiração pelo seu sucesso financeiro decidimos rapar todos o cabelo, vestimos as nossas melhores calças pela meia canela (um grande sucesso na época e uma moda inicada pelo próprio Krista em meados de 2006) e uns belos suspensórios.
Após um jantar farto em carnes que sobraram da sopa da pedra e já com muita cerveja à mistura lá nos encaminhámos até uma garagem que alugámos para fazer a festa. Enquanto fumávamos uns belos cigarros de mentol oferecidos pelo próprio Krista convidávamos algumas chavalas para se juntarem à festa.
Quando chegámos à garagem não perdemos tempo e pusemos a musica no limite do sistema stereo e começámos a beber desalmadamente. Durante horas fizémos monumentais moches ao som do punk rock de uma banda de amigos de claque do Krista.
A luz estava baixa, o Pikê amolgava latas com a cabeça, o Rui dançava com uma das chavalas que conhecemos na rua, o Krista saltava de cima dos móveis em tronco nu, o Rosa tentava a sua sorte com a mesma chavala que o Rui dançava, eu ajudava uma outra chavala a tossir para expulsar o canapé que a fez engasgar.
Enquanto estávamos nós no meio da loucura, aos biqueiros uns aos outros (brincadeira começada pelo Morais e supervisionada pelo João Vasco que se tinha acabado de chegar do seu trabalho na marinha) chegou a noiva do Krista do seu jantar de despedida de solteiro para ver se o seu amado estava bem, quando encontrou o Manolo esfomeado. Enquanto estes desapareceram misteriosamente o Morais continuou a beber até que teve de se soltar num saco de areia.
A verdade é que com a festa e o álcool acabámos todos no chão inconscientes e ninguém se lembrava do que tinha acontecido naquela noite... Só me lembro de acordar e viver aquele casamento fantástico em que o Krista se queixava que lhe doía a cabeça e o Manolo lhe dizia "É normal, bebeste muito ontem."
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Só estou feliz quando chove
Nos últimos dias tenho pensado sobre alguns fragmentos do passado. É curioso como alguns de nós, por vezes, passamos por aquelas fases depressivas que na realidade mais parecem que nos dão prazer. É estranho mas verdade... conheco muitas pessoas assim e eu próprio já senti prazer na destruição, na tristeza e em seguir pelo lado contrário ao que devia. Por vezes por uma questão de rebeldia, outras por uma questão de inconsciência lá segui eu pelo caminho errado e quanto mais me afundava mais prazer e gozo sentia. Hoje penso nisso e não sei se hei-de rir ou chorar mas gostava de sentir que não fiz ninguém sofrer, gostava de ter mudado muita coisa, gostava que certas coisas não tivessem mudado. Hoje é tarde mas segui um caminho e, afinal, optar por um caminho, certo errado, desejado ou não, é viver...
É caso para dizer que "só estou feliz quando chove"
É caso para dizer que "só estou feliz quando chove"
terça-feira, 4 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Passageiro
"...
-Onde moras?
-Eu não tenho casa... Sou um simples vagabundo e a minha morada é o coração. Sabes, sou um passageiro!
..."
Ficções Nhárras com Nélson Pikê!
Pus-me a caminho em Outubro de 1980 sem um tostão nos bolsos... Apenas tinha metade de uma sandes de queijo que comprei numa tasca da zona ribeirinha do Porto, poucas horas antes de embarcar num cargueiro no porto de Leixões. Meti-me apressado no primeiro contentor que me apareceu e tive a sorte deste estar cheio de garrafas de vinho do Porto e enchidos portugueses. Não sei ao certo quantos dias foram de viagem, sei apenas que nunca me faltou comida nem bebida.
Um dia ao espreitar por uma fenda do contentor consegui ver que estavamos atracados numa cidade que tinha sobre si um céu cinzento e manhoso e que não transmitia muita confiança. De qualquer das formas sai apressado para que ninguém me visse e corri com todas as forças que tinha. Quando consegui, por fim, afastar-me do barco e enquanto tentava recuperar as forças agarrado às pernas, levantei a cabeça e dei comigo em plena Liverpool, cidade berço dos grandes Beatles.
Era a minha primeira vez sozinho fora de Portugal e não sabia dizer uma palavra em Inglês mas não me fiz de menino e lá tentei comunicar com a primeira pessoa que me apareceu à frente em plena Mathew Street que foi um rapaz de grande porte com umas vestimentas de licra cor de rosa e umas plumas pretas ao pescoço e que tocava pandeireta ao mesmo tempo que assobiava e gritava uma melodia psicadélica. No meio da sua histeria ouvi-o a dizer algumas asneiras em portugês e entendi que ele, tal como eu, também era um tuga que havia fugido da vida que levava em Portugal. Nas horas que se seguiram conversámos e cantámos algumas músicas portuguesas para ganharmos alguns trocos para o jantar mas não foi fácil, pois ele quando as pessoas passavam começava a gritar.
Ao chegar da noite lá conseguimos comprar umas sandes de carne e uma cerveja de litro e fomos para uma casa abandonada que era o lar deste meu amigo. Lá ele explicou-me que fazia parte do movimento ocupa e que acreditava na anarquia como sistema.
Durante um mês vivi com o Nélson naquela casa e durante dias, já com o cabelo oxigenado e com alfinetes no nariz, andávamos pela rua a arranjar confusão com os agentes policiais, a roubar tudo o que conseguiamos por pura diversão, a fazermos sexo com prostitutas baratas... enfim, espalhado o terror!
Num dia ao acordámos vimos uns papeis que anunciavam um concerto de uma banda recente chamada Sex Pistols e decidimos ir, entrando pelas traseiras do Philharmonic Hall. No dia lá fomos e quando a banda começou a tocar ficámos consumidos pela violência e pelo alcool e iniciámos uma vaga de destruição e todo aquele local ficou destruido com a furia da malta anáquica. Ao sair ainda tivémos nos confrontos policiais onde o Nélson acabou por ser preso. Desde esse dia que não o vejo...
Um dia ao espreitar por uma fenda do contentor consegui ver que estavamos atracados numa cidade que tinha sobre si um céu cinzento e manhoso e que não transmitia muita confiança. De qualquer das formas sai apressado para que ninguém me visse e corri com todas as forças que tinha. Quando consegui, por fim, afastar-me do barco e enquanto tentava recuperar as forças agarrado às pernas, levantei a cabeça e dei comigo em plena Liverpool, cidade berço dos grandes Beatles.
Era a minha primeira vez sozinho fora de Portugal e não sabia dizer uma palavra em Inglês mas não me fiz de menino e lá tentei comunicar com a primeira pessoa que me apareceu à frente em plena Mathew Street que foi um rapaz de grande porte com umas vestimentas de licra cor de rosa e umas plumas pretas ao pescoço e que tocava pandeireta ao mesmo tempo que assobiava e gritava uma melodia psicadélica. No meio da sua histeria ouvi-o a dizer algumas asneiras em portugês e entendi que ele, tal como eu, também era um tuga que havia fugido da vida que levava em Portugal. Nas horas que se seguiram conversámos e cantámos algumas músicas portuguesas para ganharmos alguns trocos para o jantar mas não foi fácil, pois ele quando as pessoas passavam começava a gritar.
Ao chegar da noite lá conseguimos comprar umas sandes de carne e uma cerveja de litro e fomos para uma casa abandonada que era o lar deste meu amigo. Lá ele explicou-me que fazia parte do movimento ocupa e que acreditava na anarquia como sistema.
Durante um mês vivi com o Nélson naquela casa e durante dias, já com o cabelo oxigenado e com alfinetes no nariz, andávamos pela rua a arranjar confusão com os agentes policiais, a roubar tudo o que conseguiamos por pura diversão, a fazermos sexo com prostitutas baratas... enfim, espalhado o terror!
Num dia ao acordámos vimos uns papeis que anunciavam um concerto de uma banda recente chamada Sex Pistols e decidimos ir, entrando pelas traseiras do Philharmonic Hall. No dia lá fomos e quando a banda começou a tocar ficámos consumidos pela violência e pelo alcool e iniciámos uma vaga de destruição e todo aquele local ficou destruido com a furia da malta anáquica. Ao sair ainda tivémos nos confrontos policiais onde o Nélson acabou por ser preso. Desde esse dia que não o vejo...
Miúda, tu vais ser uma mulher em breve!
Depois de uns dias com uma crise de inspiração aqui estou eu de volta às postagens... Esta semana lá tivemos, como já é tradição, a nossa tertúlia de cinema, na qual e com muito entusiasmo vimos o já antigo mas sempre delicioso Pulp Fiction. Este vimos tem uns parêntesis pois, ao mesmo tempo que viamos o filme, ouviamos a banda sonora entoada pelo nosso camarada Pikê... Por falar em banda sonora, creio que é de referenciar a fabulosa banda sonora da trilha cinematográfica, principalmente a malha Girl, you'll be a woman soon. Há várias versões desta música mas a que mais me agrada é, sem dúvida, a versão do Cliff Richards de 1970.
Eu sou grande fã desta letra pois imagino sempre um cenário de um solteirão trintão podre de bebado a tentar engatar a melhor amiga da filha na festa de fim de ano do ciclo preparatório.
Para quem não entende esta música é um grande hino ao amor e não uma música dedicada a algumas pessoas com testas grandes que moram na zona da azambuja e tiram fotos de perfil, como muitos de vocês estão a pensar...
Eu sou grande fã desta letra pois imagino sempre um cenário de um solteirão trintão podre de bebado a tentar engatar a melhor amiga da filha na festa de fim de ano do ciclo preparatório.
Para quem não entende esta música é um grande hino ao amor e não uma música dedicada a algumas pessoas com testas grandes que moram na zona da azambuja e tiram fotos de perfil, como muitos de vocês estão a pensar...
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Beijas como uma freira!
Há uns dias recebi uma cópia do mais recente albúm do Tiago Guillul que dá pelo nome de IV. Admito que ao príncipio a sonoridade foi-me estranha e dificil de entrar, mas como diz o ditado, ao principio se estranha depois se entranha (com sotaque brasileiro). A verdade é que tenho ouvido o albúm e tenho curtido, principalmente com a música beijas como uma freira, que é o primeiro single deste novo albúm.
Puro rock n' roll! ..
Puro rock n' roll! ..
A perfect day
Há dias que podem não ter nada a marcar a diferença. Dias banais como tantos outros, dias em que não se faz nada de especial, dias em que nada de fantástico acontece, dias de chuva, dias de tédio, dias de acordar pronto para dormir, dias em que o Lou Reed canta Perfect Day...
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Ajude-nos nas nossas crenças!
Quando uma pessoa faz um blog, faz também um compromisso de defender e expor as coisas em que acredita. Há uns meses eu e um amigo meu que por acaso também é adepto daquela que eu considero a maior e mais apaixonante instituição desportiva em Portugal, de seu nome Sporting Clube de Portugal reparámos que o futebol estava a perder o fél que tanto amávamos. As principais razões que encontrámos para tal desalento foram os dirigentes leoninos, para além da ladroagem dos árbitros, dos canalhas da federação e dos macambuzios da liga.
Hoje em dia não há paixão como havia nos velhos anos 90 em que um presidente era mais que um simples gestor de uma SAD e era um relações públicas junto das massas simpatizantes, como podemos ver no clip que se segue.
Também queria fazer referencia ao blog sousacintranosporting.blogspot.com que foi criado por mim e pelo meu amigo Bruno com a esperança de apelar às almas caridosas que queiram deixar o seu nome nesta campanha. Ajuda-nos nesta campanha! Deixa o teu nome!
Hoje em dia não há paixão como havia nos velhos anos 90 em que um presidente era mais que um simples gestor de uma SAD e era um relações públicas junto das massas simpatizantes, como podemos ver no clip que se segue.
Também queria fazer referencia ao blog sousacintranosporting.blogspot.com que foi criado por mim e pelo meu amigo Bruno com a esperança de apelar às almas caridosas que queiram deixar o seu nome nesta campanha. Ajuda-nos nesta campanha! Deixa o teu nome!
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Pizzas
São 6:30 da manhã e não consigo dormir... Enquanto fazia zapping na tv começei a ver na Sic Mulher o programa de culinária do Jamie Oliver. Já não é a primeira vez que o vejo e adimito que sou grande fã.
Desde criança que a culinária me fascina. Lembro-me perfeitamente de ter os meus cinco anos e estar bastante sossegado a ver o Chefe Michel na RTP 1, às 11:30, enquanto a minha mãe cozinhava o almoço. Lembro-me também da minha mãe me deixar ajudá-la a fazer as pequenas coisas e do gozo que aquilo me dava. Ainda hoje recordo os cheiros desses tempos como se os tivesse a viver agora mesmo.
Durante os tempos tentei não perder o contacto com a cozinha e até fui um cozinheiro assiduo nos últimos anos apesar de sentir que nos últimos dois perdi um pouco a paciência e a criatividade. Também já tentei impressionar as menina com os dotes mas ao que parece não correu lá muito bem porque continuo sozinho e a cozinhar somente para os gandulos dos meus amigos...
Quando vejo estes programas de culinária, adoro ver a preparação daquele que é para mim, no meio de tantos outros, um manjar divinal... que é Pizza! Das boas claro, caseirinha, massa fina, estaladiça, queimadinha. Enfim, pizzas a sério, sem serem da telepizza (principalmente da telepizza que são pizzas nhárras e felosas que parecem que saíram de um motor de um Jipe UMM). As da Pizza Hut até se comem...
Para os apaixonados das belas pizzas aqui fica um video para abrir o apetite...
Desde criança que a culinária me fascina. Lembro-me perfeitamente de ter os meus cinco anos e estar bastante sossegado a ver o Chefe Michel na RTP 1, às 11:30, enquanto a minha mãe cozinhava o almoço. Lembro-me também da minha mãe me deixar ajudá-la a fazer as pequenas coisas e do gozo que aquilo me dava. Ainda hoje recordo os cheiros desses tempos como se os tivesse a viver agora mesmo.
Durante os tempos tentei não perder o contacto com a cozinha e até fui um cozinheiro assiduo nos últimos anos apesar de sentir que nos últimos dois perdi um pouco a paciência e a criatividade. Também já tentei impressionar as menina com os dotes mas ao que parece não correu lá muito bem porque continuo sozinho e a cozinhar somente para os gandulos dos meus amigos...
Quando vejo estes programas de culinária, adoro ver a preparação daquele que é para mim, no meio de tantos outros, um manjar divinal... que é Pizza! Das boas claro, caseirinha, massa fina, estaladiça, queimadinha. Enfim, pizzas a sério, sem serem da telepizza (principalmente da telepizza que são pizzas nhárras e felosas que parecem que saíram de um motor de um Jipe UMM). As da Pizza Hut até se comem...
Para os apaixonados das belas pizzas aqui fica um video para abrir o apetite...
Ficções Nhárras com Bruno Morgado!
Era Dezembro de 1959 e caía neve em Nova Iorque... Eu e o meu grande amigo Bruno Morgado caminhávamos juntos pela 8ª avenida, paralela à Broadway, com os nossos fatos feitos à mão por um alfaiate Italiano que conhecemos em Franklin Square e com os nossos melhores sapatos du-colores pretos de ponteira branca. Enquanto desciamos a rua falávamos da sorte que tinhamos tido quando saimos da nossa terra natal, na ilha do Pico, para tentarmos a nossa sorte na terra das oportunidades e de como a nossa empresa de construção civil estava a crescer naquele mercado.
Chegámos a Nova Iorque em Março de 1952 apenas com a roupa que traziamos no corpo e uma vontade enorme de triunfar naquele mundo novo. Durante 2 anos trabalhámos arduamente, durante noite e dia, em fábricas de comida enlatada e na distribuição de pedras mármores numa pequena empresa de construção de uns emigrantes gregos. No final de 1954 já tinhamos ambos uma posição respeitável na empresa, pois passámos a comerciais e tratávamos dos negócios e contactos com o exterior. Recordo com saudade a passagem de ano 54/55 quando eu e o bruno já alcoolizados planeámos construir a nossa empresa, aproveitando os contactos que fomos adquirindo ao longo dos anos. Assim nasceu a Caeiro Morgado Construction Firm (CMCF). Durante os anos seguintes fomos crescendo pois conseguimos uns contratos com o Mayor Fiorello La Guardia para a construção do metroe quando chegámos a 1965 já eramos a empresa de emigrantes com maior sucesso nos Estados Unidos.
Voltando aquela tarde de neve em 1959... Eu e o Bruno parámos na Ben Benson's Steakhouse para comermos umas belas costoletas de novilho com batata doce e para bebermos duas Pepsi Colas. Enquanto comiamos e riamos da forma como tinhamos sido àgeis na nossa vida, reparei em duas lindas raparigas sentadas ao balcão, na casa dos 23 ou 24 anos que sorriam para nós. Com o seu ar gingão, o Bruno convidou aquelas duas raparigas de seios volumosos para nos fazerem companhia e acompaharem-nos naquela bela refeição. Estas aceitaram o pedido sem hesitar apresentaram-se. A morena de olhos azuis chamava-se Peggy e estava a estudar direito na Universidade de Harvard, enquanto a mais alourada, de nome Sue estudava jornalismo em Yale. Ficámos horas a conversar até que o bruno se lembrou que tinha uns bilhetes para um concerto naquela noite oferecidos pelo cliente muito importante. Sem pensar duas vezes convidámos as duas bonitas jovens para nos acompanharem e marcámos para as 21:00 junto ao teatro Paramount.
Quando chegou a hora elas apareceram com os seus melhores vestidos de gala e naquele momento, tanto eu como o Bruno sabiamos que aquelas iriam ser as nossas futuras esposas...
No mês passado encontrámo-nos todos na minha casa em Newark e recordámos esses velhos tempos...
Chegámos a Nova Iorque em Março de 1952 apenas com a roupa que traziamos no corpo e uma vontade enorme de triunfar naquele mundo novo. Durante 2 anos trabalhámos arduamente, durante noite e dia, em fábricas de comida enlatada e na distribuição de pedras mármores numa pequena empresa de construção de uns emigrantes gregos. No final de 1954 já tinhamos ambos uma posição respeitável na empresa, pois passámos a comerciais e tratávamos dos negócios e contactos com o exterior. Recordo com saudade a passagem de ano 54/55 quando eu e o bruno já alcoolizados planeámos construir a nossa empresa, aproveitando os contactos que fomos adquirindo ao longo dos anos. Assim nasceu a Caeiro Morgado Construction Firm (CMCF). Durante os anos seguintes fomos crescendo pois conseguimos uns contratos com o Mayor Fiorello La Guardia para a construção do metroe quando chegámos a 1965 já eramos a empresa de emigrantes com maior sucesso nos Estados Unidos.
Voltando aquela tarde de neve em 1959... Eu e o Bruno parámos na Ben Benson's Steakhouse para comermos umas belas costoletas de novilho com batata doce e para bebermos duas Pepsi Colas. Enquanto comiamos e riamos da forma como tinhamos sido àgeis na nossa vida, reparei em duas lindas raparigas sentadas ao balcão, na casa dos 23 ou 24 anos que sorriam para nós. Com o seu ar gingão, o Bruno convidou aquelas duas raparigas de seios volumosos para nos fazerem companhia e acompaharem-nos naquela bela refeição. Estas aceitaram o pedido sem hesitar apresentaram-se. A morena de olhos azuis chamava-se Peggy e estava a estudar direito na Universidade de Harvard, enquanto a mais alourada, de nome Sue estudava jornalismo em Yale. Ficámos horas a conversar até que o bruno se lembrou que tinha uns bilhetes para um concerto naquela noite oferecidos pelo cliente muito importante. Sem pensar duas vezes convidámos as duas bonitas jovens para nos acompanharem e marcámos para as 21:00 junto ao teatro Paramount.
Quando chegou a hora elas apareceram com os seus melhores vestidos de gala e naquele momento, tanto eu como o Bruno sabiamos que aquelas iriam ser as nossas futuras esposas...
No mês passado encontrámo-nos todos na minha casa em Newark e recordámos esses velhos tempos...
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Apenas um solitário
Há uns tempos passeava eu com um grande amigo meu pelo Ribatejo quando acabámos a falar das nossas relações passadas. Este meu amigo falou-me sobre a sua desacreditação no amor, que já tinha sofrido demasiado com o seu passado e que agora gostava de se apresentar como um lobo solitário ou como um cavaleiro andante. Afastar-se foi a solução que encontrou e que era dificil para muita gente compreender isso, explicou-me o mesmo.
Será que há muitas pessoas a pensar assim, perguntei-me eu?
Na verdade encontrei alguém que pode falar melhor sobre isso.
Será que há muitas pessoas a pensar assim, perguntei-me eu?
Na verdade encontrei alguém que pode falar melhor sobre isso.
domingo, 26 de outubro de 2008
Ficções Nhárras com Manolo!
No verão de 1987 eu e o meu amigo Manolo pegámos no Fiat 147 que tinhamos comprado três semanas antes a um individuo de etnia cigana que o tinha trazido de Talavera, onde tinha sido abandonado. O investimento foi duro pois ainda nos custou 200 mil escudos mas não desanimámos pois conseguimos juntar ainda uns trocos para tatuarmos nos nossos ligeiros braços o nome dos CLASH e comprarmos umas gramas de heroína para a viagem.
Durante dias vagueámos os dois pelo nosso Portugal parando em várias localidades à procura de uma boa rixa... lembro-me especialmente do dia 12 de Agosto, na localidade de Outeiro do Marco, em que o Manolo depois de uns riscos na gulosa e de 6 litradas de cerveja cristal arrancou à dentada a orelha de um policia sinaleiro simplesmente porque este o avisou que o atacador da sapatilha estava desatado. Após o incidente tivémos dois dias fugidos, sem comer e sem dormir... Na manhã de 15 conhecemos duas chavalas de Antuérpia que nos acompanharam em 3 quartos de frango assado com batata a murro, na churrascaria QUERIDA em Santa Joana-Aveiro. A seguir ao almoço, depois de termos fugido sem pagar e enquanto ouviamos a cassete dos Sex Pistols elas disseram-nos que gostavam de visitar Lisboa e que queriam ir ver um concerto de uma banda que uns jovens de Freixo Espada à Cinta lhes tinham falado. Como elas tinham sido tão amáveis decidimos fazer-lhes a vontade e fomos lá curtir o concerto. (acredito que os mais atentos vão nos encontrar no video que se segue.)
Entre o minutos 1:08 até ao 1:13 o público está desatento ao concerto vendo a briga que nós dois começámos com 5 skinheads do seixal. (Reparem na curiosidade do individuo da camisola azul)
Ainda hoje tive com o Manolo que tem uma posição superior na sua área de actividade (coveiro - tem quase 498 pessoas debaixo dele) e lembrámo-nos daqueles tempos loucos...
Durante dias vagueámos os dois pelo nosso Portugal parando em várias localidades à procura de uma boa rixa... lembro-me especialmente do dia 12 de Agosto, na localidade de Outeiro do Marco, em que o Manolo depois de uns riscos na gulosa e de 6 litradas de cerveja cristal arrancou à dentada a orelha de um policia sinaleiro simplesmente porque este o avisou que o atacador da sapatilha estava desatado. Após o incidente tivémos dois dias fugidos, sem comer e sem dormir... Na manhã de 15 conhecemos duas chavalas de Antuérpia que nos acompanharam em 3 quartos de frango assado com batata a murro, na churrascaria QUERIDA em Santa Joana-Aveiro. A seguir ao almoço, depois de termos fugido sem pagar e enquanto ouviamos a cassete dos Sex Pistols elas disseram-nos que gostavam de visitar Lisboa e que queriam ir ver um concerto de uma banda que uns jovens de Freixo Espada à Cinta lhes tinham falado. Como elas tinham sido tão amáveis decidimos fazer-lhes a vontade e fomos lá curtir o concerto. (acredito que os mais atentos vão nos encontrar no video que se segue.)
Entre o minutos 1:08 até ao 1:13 o público está desatento ao concerto vendo a briga que nós dois começámos com 5 skinheads do seixal. (Reparem na curiosidade do individuo da camisola azul)
Ainda hoje tive com o Manolo que tem uma posição superior na sua área de actividade (coveiro - tem quase 498 pessoas debaixo dele) e lembrámo-nos daqueles tempos loucos...
Tertúlia Cinematográfica
Sábado é noite da reunião em volta dos fotogramas... Já é assim há algum tempo e parece quee vai tornar-se tradição. Há algumas semanas juntei-me a um grupo de amigos que começam a dar os primeiros passos na critica cinematográfia para nos reunirmos em volta dos filmes e das suas histórias. Hoje não foi excepção e revimos juntos o Virgens Suicidas da Sofia Coppola. Apesar de algumas criticas menos favoráveis por parte de alguns dos presenes continuo a admirar toda a simbologia que envolve o branco naquelas personagens. Ponto comum é a excelente banda sonora com a fantástica trilha sonora dos Air.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
I Get Around...
É optimo chegar a casa depois de uma noitada de boa e inesperada música. É verdade, hoje no sitio do costume, onde se costuma levar com toda a espécie de lixo sonoro (grande parte de quem lê isto sabe de que sitio estou a falar) assistimos a belo set protagonizado por uma jovem estudante açoriana que conseguiu por a malta ao rubro com aqueles sucessos que já os nossos país curtiam. Fico feliz porque alguém lembrou-se de inovar e dar um basta nestas trilhas sonoras que têm acompanhado estas noites.
Fica aqui só um pequeno video da musica I Get Around dos Beach Boys que passou esta noite e que só me deu vontade de fazer amor, três vezes, com aquela miuda gira que estava nas escadas, juntinho ao parapeito...
Fica aqui só um pequeno video da musica I Get Around dos Beach Boys que passou esta noite e que só me deu vontade de fazer amor, três vezes, com aquela miuda gira que estava nas escadas, juntinho ao parapeito...
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Meus queridos anos 80
É verdade que todo o conhecimento que tenho da década de 80 foi adquirida já neste século e na década passada mas isso não me impede de ter um fascinio especial por essa fase. Nessa altura foi criado o melhor e o pior ao nível da multimédia. Grandes nomes e trabalhos surgiram em todos os panoramas das artes e muitos deles são, ainda hoje, exaltados pela sua orignalidade e imparcialidade. Artistas como os Duran Duran, os Europe, os Soft Cell, o Lou Reed, os Joy Divison, os Eurythmics, os Guns n' Roses, os Depeche Mode, etc ainda fazem parte das musicas que oiço no meu dia-a-dia e que me fazem sorrir quase que por gozo numa mistura de admiração e bajulação. Essa década foi também marcada pelo meu nascimento, factor que me faz gostar ainda mais da mesma.
Em Portugal também se fazia algumas coisas interessantes como podem ver no video que se segue. Senhores e Senhoras, convosco, OS Heróis do Mar no longuinquo ano de 1986. (Aquelas roupas e penteados são mesmo do must!)
Em Portugal também se fazia algumas coisas interessantes como podem ver no video que se segue. Senhores e Senhoras, convosco, OS Heróis do Mar no longuinquo ano de 1986. (Aquelas roupas e penteados são mesmo do must!)
terça-feira, 21 de outubro de 2008
O Lago
Há uns anos atrás enquanto pesquisava na internet sobre música encontrei um grupo que me fascinou bastante, de seu nome Antony and the Johnsons. Liderado pelo criativo Antony Hegarty, os Antony and the Johnsons são, para mim, inconfudíveis na sua forma de se expressarem musicalmente e de nos transportar para realidades completamente distantes da nossa.
The Lake é, para mim, a música mais fascinante em toda a sua discografia.
The Lake é, para mim, a música mais fascinante em toda a sua discografia.
Memórias escondidas.
Há coisas mesmo estranhas... Hoje, após regressar de uma sessão de cinema parei o carro para conversar um pouco com o meu primo que me acompanhou no filme. Enquanto conversávamos decidi fazer uma vistoria ao porta-luvas do meu carro, quando me deparei com uma carta antiga que lá tinha deixado. Essa carta que em tempos já foi uma pequena carta de amor, cheio de sonhos e projectos a dois, hoje em dia não passa de um simples pedaço de papel com palavras que ficaram perdidas no tempo. É desanimador leres algo que no passado já te fez sorrir e acreditar que podia ser tudo verdade, tal e qual como está lá escrito e hoje saberes que tudo não passou de palavras, talvez sentidas, talvez fingidas. É nestes momentos que vemos que as palavras não são, na realidade, intemporais. Não passam de uma simbologia imposta para demonstrar sentimentos que por si só, não são também intemporais. Todo aquele papel que, num dia, já deu sentido a todo o meu mundo, hoje não passa de um simples e velho papel.
sábado, 18 de outubro de 2008
Esperança
Todos nós já passámos por fases em que não acreditamos em nós próprios, fases que achamos que não temos valor suficiente para algo, fases que nos encolhemos perante um desafio, fases que não encontramos esperança no nosso intimo. Grande parte das vezes acabamos mesmo por desistir dos nossos sonhos e ambições e perdemos a esperança de andar para a frente mas se procurarmos bem dentro de nós vamos descobrir que afinal todos temos talentos naturais.
O clip que se segue é uma mensagem de esperança para todos aqueles que, ou não acreditam, ou desistiram de lutar. No video vemos o cantor Paul Potts na sua primeira audição no progama Britains Got Talent, na altura que era um simples vendedor de telemóveis no sul de Gales. É de realçar que este talento era uma pessoa insegura, que não acreditava nele próprio e que teve força para lutar até mesmo quando o juri, com ar de gozo, perguntou o que é que ele estava lá a fazer. Queria também chamar a atenção para a cara dos elementos do juri quando ele começou a cantar. A verdade é que este jovem acabou por vencer o concurso e hoje tem uma carreira de sucesso no seu sonho de sempre.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
O
Lembro-me de há dois verões atrás depois de uma bela estadia no Minho de fazer uma paragem no porto quando regressava a casa. Nessa pequena paragem comprei um album que na altura me despertava alguma curiosidade. Nas duas horas seguinte ouvi esse album maravilhado, acreditando que tinha adquirido um belo produto musical.
Passado estes dois anos tenho a perfeita noção que fiz uma grande compra com esse album me acompanhou por muitas e longas noites. O album que estou a falar é o maravilhoso, melancólico e inquietante "O" do musico Irlandês, Damien Rice.
O material presente em "O" foi totalmente gravado no quarto do cantor devido ao baixo orçamento apresentado. No fundo penso que o que mais gosto neste artista é o facto de sem grandes meios ter conseguido construir uma das obras primas desta primeira decada.
Pessoalmente gosto de ouvir "O" quando me lembro de tempos passados que já não querem voltar.
Vou deixar-vos aqui um video da musica Accidental Babies presente no album mais recente do cantor, intitulado de "9". Espero que gostem.
Passado estes dois anos tenho a perfeita noção que fiz uma grande compra com esse album me acompanhou por muitas e longas noites. O album que estou a falar é o maravilhoso, melancólico e inquietante "O" do musico Irlandês, Damien Rice.
O material presente em "O" foi totalmente gravado no quarto do cantor devido ao baixo orçamento apresentado. No fundo penso que o que mais gosto neste artista é o facto de sem grandes meios ter conseguido construir uma das obras primas desta primeira decada.
Pessoalmente gosto de ouvir "O" quando me lembro de tempos passados que já não querem voltar.
Vou deixar-vos aqui um video da musica Accidental Babies presente no album mais recente do cantor, intitulado de "9". Espero que gostem.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Eternal Sunshine of the Spotless Mind - Despertar da Mente
Há umas noites atrás voltei a ver aquele que é um dos meus filmes preferidos. Esse filme é nada mais, nada menos que o Despertar da Mente (Titulo Original: Eternal Sunshine of the Spotless Mind) do realizador Francês Michel Gondry. Este filme é algo de delicioso, com uma fotografia sublime e com um argumento único que acabou por ser o grande vencedor do oscar da categoria em 2004. Este filme traz-me boas memórias, quer pela época em que assisti entusiasmado à sua estreia, quer pela mensagem que me transmitiu.
Sinopse:
Joel descobre que Clementine, sua namorada, recorreu a uma empresa especializada em apagamentos de memória para apagar da sua própria memória tudo o que diz respeito a Joel e à relação que manteve com ele. Joel, desesperado, acaba por fazer o mesmo. Contrata a mesma empresa para apagarem da sua cabeça todas as memórias de Clementine e da relação que mantiveram.
O filme passa-se essencialmente na mente de Joel, durante esse processo de apagamento, enquanto ele está adormecido na sua cama ligado a uma máquina "apagadora de memórias", enquanto relembra factos e arrepende-se de ter contratado a empresa. Começa então a fugir pelo labirinto das suas memórias, de forma a tentar anular o processo, enquanto os apagadores de memórias o perseguem.
Algo de fantástico neste filme é a sua banda sonora, principalemte a faixa "everybody's gotta learn sometime" na versão do Beck.
Sinopse:
Joel descobre que Clementine, sua namorada, recorreu a uma empresa especializada em apagamentos de memória para apagar da sua própria memória tudo o que diz respeito a Joel e à relação que manteve com ele. Joel, desesperado, acaba por fazer o mesmo. Contrata a mesma empresa para apagarem da sua cabeça todas as memórias de Clementine e da relação que mantiveram.
O filme passa-se essencialmente na mente de Joel, durante esse processo de apagamento, enquanto ele está adormecido na sua cama ligado a uma máquina "apagadora de memórias", enquanto relembra factos e arrepende-se de ter contratado a empresa. Começa então a fugir pelo labirinto das suas memórias, de forma a tentar anular o processo, enquanto os apagadores de memórias o perseguem.
Algo de fantástico neste filme é a sua banda sonora, principalemte a faixa "everybody's gotta learn sometime" na versão do Beck.
Se por acaso
Não sei o que me deu ontem à noite para começar esta nova caminhada na blogosfera. Sei que vou acabar, como já aconteceu anteriormente, por me envergonhar de metade das coisas que vou escrever, mas quero assumir este espaço como se de um filho tratasse. Quero ser espontâneo e acima de tudo verdadeiro.
Quero criar este espaço como um meio difusor de interesses pessoais e desenvolver formas de mostrar alguns produtos multimedia de proveito individual.
Nos ultimos tempos tenho andado a pensar naquilo que acabamos por pensar todos... o amor. O que será realmente o amor? Será que existe mesmo? Eu, como muitas pessoas, não sei se acredito se ainda existe aquele amor relacional que nos habituámos a ver no cinema e na musica. Nos dias que correm é cada vez mais dificil mantermos uma relação, acreditar nela e até mesmo lutar por ela. Gostamos de seguir o caminho mais fácil e fugirmos. Tornámo-nos, de certa forma, em amante descartáveis que sofrem e fazem sofrer, que choram e fazem chorar, que sentem mas não querem acreditar.
Ontem à noite lembrei-me de rever uma musica que um amigo meu me falou que retrata bem este assunto e as relações passadas. A música é do JP Simões, ex-vocalista dos Belle Chase Hotel com a magnifica Luanda Cozetti e retrata um reencontro entre dois ex-amantes. Espero que gostem.
Quero criar este espaço como um meio difusor de interesses pessoais e desenvolver formas de mostrar alguns produtos multimedia de proveito individual.
Nos ultimos tempos tenho andado a pensar naquilo que acabamos por pensar todos... o amor. O que será realmente o amor? Será que existe mesmo? Eu, como muitas pessoas, não sei se acredito se ainda existe aquele amor relacional que nos habituámos a ver no cinema e na musica. Nos dias que correm é cada vez mais dificil mantermos uma relação, acreditar nela e até mesmo lutar por ela. Gostamos de seguir o caminho mais fácil e fugirmos. Tornámo-nos, de certa forma, em amante descartáveis que sofrem e fazem sofrer, que choram e fazem chorar, que sentem mas não querem acreditar.
Ontem à noite lembrei-me de rever uma musica que um amigo meu me falou que retrata bem este assunto e as relações passadas. A música é do JP Simões, ex-vocalista dos Belle Chase Hotel com a magnifica Luanda Cozetti e retrata um reencontro entre dois ex-amantes. Espero que gostem.
Primeiro Post
É saboroso voltar ao ponto zero... Este não é, efectivamente, o meu primeiro post de sempre mas não deixa de ser o meu primeiro neste novo rumo.
Para cada fase da vida há um ponto de encontro entre o real e a fantasia, e é aqui neste espaço que quero partilhar o que me vai vagueando pela alma. Acredito que a partilha faz de nós pessoas mais capazes. Sentir que andamos todos de mãos dadas, claro que num sentido figurativo, faz-nos entender melhor o porquê de estarmos aqui. Espero que esta viagem seja tão saborosa para vocês como certamente será para mim. Desde já um grande abraço.
Para cada fase da vida há um ponto de encontro entre o real e a fantasia, e é aqui neste espaço que quero partilhar o que me vai vagueando pela alma. Acredito que a partilha faz de nós pessoas mais capazes. Sentir que andamos todos de mãos dadas, claro que num sentido figurativo, faz-nos entender melhor o porquê de estarmos aqui. Espero que esta viagem seja tão saborosa para vocês como certamente será para mim. Desde já um grande abraço.
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